O Bitcoin (BTC) voltou a operar em alta na tarde desta quarta-feira (26), em um pregão marcado por forte volatilidade e influenciado pelo movimento global de maior apetite por risco, após novos dados econômicos dos Estados Unidos.
O avanço ocorreu em paralelo à recuperação das ações de tecnologia nos Estados Unidos, após sinais de alívio nas preocupações sobre o setor de inteligência artificial (IA).
Por volta das 17h15 (horário de Brasília), o bitcoin subia 3,34%, cotado a US$ 89.999,82. O Ethereum (ETH) avançava 3,08%, para US$ 3.022,89, segundo dados da plataforma Coinbase.
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Big techs ajudam a reduzir cautela
O desempenho positivo das criptomoedas acompanhou o movimento das “sete magníficas”, grupo que reúne as maiores empresas de tecnologia dos EUA.
Apesar de terem registrado, no terceiro trimestre, a menor expansão de lucros em mais de dois anos — em parte devido ao receio de uma possível bolha em IA —, as companhias seguem investindo pesadamente para manter competitividade no setor.
Mesmo com um ritmo de crescimento menor que o observado em trimestres anteriores, o fôlego operacional das big techs contribuiu para um ambiente mais favorável ao risco no pregão.
Expectativa por corte de juros nos EUA impulsiona mercado cripto
A alta do bitcoin também reflete o aumento nas apostas de que o Federal Reserve poderá realizar mais um corte de juros em dezembro. A perspectiva ganhou força após novos dados apontarem fragilidade na economia americana.
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Nesta quarta-feira, os EUA divulgaram:
- Números de pedidos continuados de auxílio-desemprego, sugerindo menor dinamismo no mercado de trabalho;
- PMI industrial de Chicago abaixo do esperado, reforçando o sinal de desaceleração.
Esses indicadores foram avaliados pelo mercado em semana marcada por intensa divulgação de dados, após o fim do shutdown no governo americano.
Analistas veem oportunidade após forte queda do bitcoin, mas risco permanece
Mesmo com a recuperação desta tarde, o bitcoin ainda acumula queda superior a 20% em um mês. Para parte dos analistas, o recuo abriu espaço para novas entradas.
Joel Kruger, estrategista do LMAX Group, afirmou ao Broadcast que a queda ofereceu “uma chance de reentrar em níveis atraentes”, destacando que o sentimento do mercado chegou a “mínimas extremas — um sinal historicamente forte”.
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Apesar da melhora momentânea, o ambiente para ativos digitais continua sensível. O Goldman Sachs chama atenção para a queda do indicador RAI, que voltou a zero — nível considerado compatível com condições de maior aversão ao risco.
Segundo o banco, uma combinação de fatores deixa ativos mais especulativos, como o bitcoin, particularmente expostos, entre eles estão:
- incertezas no mercado de trabalho;
- dúvidas sobre a resiliência do consumo;
- questionamentos sobre o ciclo de investimentos em IA; e
- menor disposição do Fed em acelerar o alívio monetário.









