O dólar fechou em queda de 0,78% nesta quarta-feira (26), a R$ 5,33, e chegou ao terceiro dia consecutivo de desvalorização. A moeda americana continua acompanhando o aumento do apetite ao risco nos mercados globais.
Investidores migraram para bolsas e para moedas de países emergentes diante da retomada da divulgação de dados da economia dos Estados Unidos, após o fim do shutdown que havia interrompido parte das estatísticas oficiais.
Indicadores divulgados reforçaram sinais de desaceleração da economia americana. Entre eles, a queda do PMI de Chicago. O indicador recuou de 43,8 em outubro para 36,4 em novembro, bem abaixo da expectativa de 43,5.
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O Fed também divulgou o Livro Bege, relatório que descreve as condições econômicas nos EUA, confirmando perda gradual de dinamismo.
A leitura destes indicadores fortaleceu as apostas de que o Federal Reserve (Fed) pode reduzir os juros em dezembro. Segundo operadores, esse movimento externo se sobrepõe às preocupações do mercado local com o ambiente político.
No Brasil, o Senado aprovou, nesta terça-feira (25), o projeto que cria aposentadoria para agentes comunitários de saúde, classificado por analistas como uma “pauta-bomba” por aumentar despesas públicas.
Dólar cai no exterior
O índice DXY, que mede o dólar contra uma cesta de seis moedas fortes, recuava para a faixa dos 99,600 pontos no fim do dia, após mínima em 99,555. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
Na direção oposta, o iene se desvalorizou ante o dólar, favorecendo operações de carry trade — estratégia em que investidores captam recursos em países de juros baixos e aplicam em mercados de juros elevados.
Esse movimento costuma beneficiar moedas latino-americanas, caso o apetite ao risco continue.
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IPCA-15 acima das estimativas
Pela manhã, o IBGE informou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,20% em novembro, acima da mediana das projeções de 0,18%.
Economistas avaliam que a leitura foi benigna por mostrar desaceleração dos núcleos de inflação — medidas que excluem itens mais voláteis para captar tendências de longo prazo.









