O Bitcoin (BTC) opera em queda no fim da tarde desta sexta-feira (28) e caminha para encerrar novembro com um tombo superior a 15%, mesmo após avanço ao longo da semana.
O movimento combina alívio recente nos mercados globais e expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos, mas ainda insuficiente para reverter as perdas acumuladas no mês.
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Por volta das 17h20 (horário de Brasília), o bitcoin caía 0,40%, a US$ 91.0118,40, segundo a plataforma Coinbase. Apesar da baixa diária, acumulou alta de 8,2% na semana. No mês, porém, o recuo chega a 16,6%.
Neste mesmo período, o Ethereum (ETH) subia 0,49%, a US$ 3.052,94, com ganhos semanais de 11,1%, mas queda mensal de 20,5%.
Semana foi marcada por apostas em cortes de juros
O avanço ao longo dos últimos dias foi influenciado pelas apostas de que o Federal Reserve (Fed) pode iniciar a redução dos juros já em dezembro. Juros menores tendem a favorecer ativos de risco, como criptomoedas, por reduzirem o custo de capital no mercado global.
A possível nomeação de Kevin Hassett para a presidência do Fed também entrou no radar, por seu histórico pró-desregulação e alinhado ao setor cripto. Para analistas do Swissquote, a combinação de um Fed menos restritivo e projeções de novos cortes em 2026 reforçou a demanda por criptoativos.
Na ferramenta do CME Group, a probabilidade de corte de 25 pontos-base na reunião de dezembro estava em 86,9%, acima dos 71% registrados uma semana antes.
Nesta sexta-feira a liquidez seguiu reduzida por causa do feriado de Ação de Graças nos EUA, o que costuma ampliar a volatilidade.
Investidores acompanharam ainda o desempenho da Strategy, empresa com a maior reserva corporativa de bitcoin do mundo, que tem ampliado emissões de ações e títulos para financiar novas compras da moeda digital.
Pressões em novembro e sinais para o bitcoin em dezembro
A analista de criptoativos do Bitybank, Sarah Uska, acredita que além dos fatores macroeconômicos dos EUA que afetaram o mercado, a forte saída de recursos dos ETFs de bitcoin (mais de US$ 1 bilhão em novembro), contribuiu para a queda expressiva.
“Os indicadores de sentimento, como o Índice de Medo e Ganância, chegaram à zona de medo extremo, refletindo o clima defensivo que dominou o mês”, observou Sarah.
Segundo a analistas, em dezembro, o comportamento do mercado deve depender diretamente da sinalização do Fed. Um tom mais favorável a cortes pode apoiar recuperação gradual. Uma postura mais dura, por outro lado, tende a fortalecer o dólar e manter pressão sobre os criptoativos.









