O Ibovespa encerrou novembro próximo dos 160 mil pontos, acumulando a maior alta mensal desde agosto de 2024, com mais de 6% de ganhos. No ano, a alta acumulada já ultrapassa os 31%.
O movimento confirma a tendência de valorização do mercado acionário brasileiro desde o início de 2025, mesmo após um fim de 2024 marcado por pessimismo entre investidores.
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A análise é de Sergio Ricciardi, sócio da Wiser | BTG Pactual, no novo episódio do podcast Perspectivas da Semana, do Monitor do Mercado, publicado semanalmente no YouTube do Monitor do Mercado.
O especialista destacou que quem se manteve posicionado conseguiu capturar a sequência de ganhos, enquanto quem reduziu exposição no final do ano passado enfrenta agora preços mais altos para retornar à Bolsa. Confira a análise na íntegra abaixo:
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Ibovespa vive rali desde os 120 mil pontos
Ricciardi lembrou que o índice encontrou suporte na região dos 120 mil pontos e, desde então, acumulou quase 40 mil pontos de alta, um avanço próximo de 30%. “Quedas pontuais ocorreram”, lembrou. Mas o recuo não foi suficiente para alterar a direção principal do mercado.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 também se aproxima de novas máximas. O índice fechou a semana em 6.849 pontos, alta de 3,73%, impulsionado pelos resultados corporativos do setor de inteligência artificial.
Fundos imobiliários e renda fixa avançam
O IFIX terminou a última semana em 3.660 pontos, com valorização de 0,98%. Já o DI de longo prazo recuou para 13,195%, aproximando-se da faixa de 13% pela primeira vez no ano. A queda dos juros futuros favorece ativos de renda fixa de prazos mais longos, como títulos do Tesouro.
Ricciardi ressaltou que 2025 vem compensando perdas registradas em 2024, seguindo o padrão histórico de alternância de desempenho entre os diferentes mercados.
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O dólar recuou 1,23%, sendo negociado a R$ 5,33. As treasuries americanas de 10 anos fecharam próximas de 4,01%, também em queda de 1,23%.
Ibovespa mira juros no Brasil e nos EUA
O mercado projeta que a taxa básica de juros brasileira encerre 2026 em 12,15%, sem mudanças relevantes na última semana.
Nos Estados Unidos, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base pelo Federal Reserve já alcança 87,4%, acima dos 75% observados na semana anterior. O cenário precifica uma trajetória de cortes mais rápidos, com juros caminhando para a faixa entre 3% e 3,25%.
Ricciardi conclui que o ambiente deve permanecer de menor volatilidade até o fim do ano, embora dados inesperados possam gerar movimentos pontuais devido à baixa liquidez.
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Agenda econômica
A semana será marcada por uma série de indicadores internacionais e domésticos. No exterior, o mercado acompanha:
- PMI dos Estados Unidos
- Entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell
- CPI da zona do euro
- Relatório JOLTS de vagas de emprego nos EUA
- PMI Caixin da China
- PIB da zona do euro
- PCE dos Estados Unidos
No Brasil, os destaques são: Produto Interno Bruto (PIB), inflação medida pelo IPC-Fipe, a produção industrial e os dados de balança comercial.
Ricciardi avalia que, mesmo com a normalização dos dados após o shutdown americano, o mercado segue operando em ritmo mais lento — movimento típico do período após o feriado de Ação de Graças —, com a liquidez reduzida.









