O mercado de commodities iniciou dezembro com movimentos distintos entre os principais produtos agrícolas. O milho encerrou a sessão desta segunda-feira (1º) com alta superior a 1%, impulsionado pelo clima nas regiões produtoras.
A soja recuou no dia, influenciada pela ausência da China nas compras externas. Segundo operadores, o mercado aguarda a assinatura de um acordo comercial entre Estados Unidos e China, prevista para esta semana.
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Em análise nesta tarde, Guto Gioielli, analista CNPI e fundador do Portal das Commodities, também mostrou que o café fechou o dia em baixa moderada, após o adiamento da lei europeia de combate ao desmatamento. Confira na íntegra:
Milho sobe mais de 1% com suporte do clima
O milho registrou forte volatilidade ao longo do pregão, chegando a subir mais de 2% antes de suavizar os ganhos. Mesmo assim, o contrato encerrou em alta superior a 1%.
O movimento foi influenciado por dados de exportação. Segundo números recentes, os embarques de milho caíram 16% na última semana, somando 1,42 milhão de toneladas. Apesar da redução semanal, o mercado segue monitorando clima e ritmo de vendas externas, fatores tradicionalmente decisivos nessa época do ano.
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Café recua com adiamento de regra ambiental na União Europeia
O contrato de março do café arábica caiu 150 pontos, para 379,70 centavos de dólar por libra-peso. A pressão veio da decisão da União Europeia de adiar por um ano a implementação de sua lei antidesmatamento, que afetaria exportações agrícolas, inclusive do Brasil.
O mercado também segue ajustando posições após a retirada da tarifa dos Estados Unidos sobre o café verde brasileiro. A sobretaxa sobre o café solúvel, porém, foi mantida.
Analitas do BTG Pactual apontam que a remoção do imposto tende a normalizar o fluxo físico entre Brasil e EUA, reduzindo a necessidade de uso dos estoques certificados nas bolsas internacionais.
A consultoria StoneX projeta ainda uma safra brasileira maior em 2026 e 2027, estimada em 70,7 milhões de sacas, o que representaria aumento de mais de 13%. As exportações do Vietnã também devem crescer, reforçando a percepção de oferta global confortável no longo prazo.
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O que limitou quedas maiores foi o clima seco no Brasil. Dados da Somar Meteorologia mostram que Minas Gerais — principal região produtora de arábica — recebeu apenas 20 milímetros de chuva na última semana de novembro, 39% da média histórica.
Os estoques na Ásia seguem em queda, atingindo mínimas de quase dois anos para o arábica e de sete meses para o robusta.
Soja devolve ganhos com incerteza nas compras chinesas
A soja recuou no dia, apesar do aumento semanal das exportações brasileiras, que avançaram 13,8%, para 920 mil toneladas. Operadores afirmam que a falta de confirmação sobre o acordo comercial entre China e Estados Unidos pesou nas cotações.
A perspectiva de assinatura ainda nesta semana deu suporte aos preços nos últimos dias, mas a ausência de compras chinesas no mercado físico reduziu o apetite dos investidores.









