O dólar fechou esta quinta-feira (17) em alta de 1,10%, a R$ 5,52. Foi o maior valor de fechamento desde 1º de agosto. O movimento foi associado a um ajuste de prêmios de risco após a divulgação de pesquisas eleitorais que elevaram a percepção de chances de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O resultado da pesquisa Genial/Quaest, divulgada na quarta-feira (16), seguiu repercutindo nos mercados. O levantamento indicou mudanças nas expectativas eleitorais para 2026, o que levou ao desmonte do chamado “trade Tarcísio”.
A pesquisa mostrou o senador Flávio Bolsonaro com intenções de voto superiores às de Tarcísio em um eventual primeiro turno, sugerindo maior viabilidade eleitoral. Além disso, Lula aparece vencendo todos os adversários em simulações de segundo turno.
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A moeda americana acumula alta de 3,53% em dezembro, após queda de 10,85% em novembro. Em 2025, as perdas diminuíram para 10,63%.
Fiscal no radar dos investidores
Na madrugada de quarta, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que reduz benefícios fiscais em 10% e retoma pontos da chamada “taxação BBB”, que envolve bancos, casas de apostas e grandes fortunas. O impacto estimado é de cerca de R$ 22 bilhões.
O texto ainda pode ser analisado pelo Senado e é considerado relevante para o fechamento das contas públicas. A votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, que prevê meta de superávit primário de 0,25% do PIB, está programada para esta quinta-feira (18).
Dólar recua no exterior
No exterior, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — operou em alta e rondava os 98,392 pontos no fim da tarde. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
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Fluxo cambial
Dados do Banco Central mostram que o fluxo cambial total em dezembro, até o dia 12, é positivo em US$ 3,108 bilhões, puxado pela entrada líquida de US$ 4,254 bilhões via comércio exterior. Já o canal financeiro registra saída líquida de US$ 7,071 bilhões.
Em 2025, o fluxo cambial é negativo em US$ 16,646 bilhões.

