Na próxima quarta-feira (31), o Impostômetro deve registrar a marca recorde de R$ 3,98 trilhões em impostos, taxas e contribuições arrecadados pelo governo durante o ano, segundo estimativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O valor corresponde ao total pago por contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo multas, juros e correção monetária incidentes sobre os tributos.
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Arrecadação de impostos aumenta 10,56% em um ano
Em relação ao mesmo período de 2024, quando o Impostômetro registrou R$ 3,6 trilhões, a arrecadação de impostos avançou 10,56%.
Segundo Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o crescimento resulta de um conjunto de fatores econômicos e fiscais. “Entre eles, destaca-se o aquecimento da atividade econômica”.
“A inflação também desempenhou um papel relevante, uma vez que o sistema tributário brasileiro é majoritariamente baseado em impostos sobre o consumo, que incidem diretamente sobre os preços dos bens e serviços”, explica Ruiz de Gamboa.
Mudanças legais ampliam base de arrecadação
O economista também aponta outras medidas que contribuíram para o crescimento da arrecadação em 2025. Entre elas estão a tributação de fundos exclusivos e offshores, alterações na tributação de incentivos, chamados de subvenções, concedidos por estados e a retomada da tributação sobre combustíveis.
Também foram citadas a tributação das apostas eletrônicas, conhecidas como bets, e os impostos sobre encomendas internacionais, como a taxa aplicada a compras de menor valor, popularmente chamada de “taxa das blusinhas”.
Além disso, segundo Ruiz de Gamboa, houve impacto da reoneração gradual da folha de pagamentos, que reduz benefícios concedidos a empresas, e do fim de incentivos fiscais ao setor de eventos, com o encerramento do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE).
Também foi efetivo para a arrecadação de impostos o aumento das alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre crédito, câmbio, seguros e investimentos.
As 3 esferas de governo arrecadaram mais impostos
Segundo a ACSP, o conjunto dessas medidas legislativas e fiscais, somado ao crescimento da atividade econômica e à inflação, refletiu diretamente no avanço registrado pelo Impostômetro ao longo do ano.
A instituição avalia que o resultado sinaliza uma arrecadação mais ampla nas três esferas de governo ao longo do ano.
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Os dados de arrecadação de impostos podem ser acompanhados em tempo real no site do Impostômetro ou pessoalmente por meio do painel localizado na Rua Boa Vista, nº 51, no Centro Histórico de São Paulo, próximo ao edifício-sede da ACSP.





