A atividade do varejo físico brasileiro avançou 0,2% em novembro na comparação com outubro, segundo o Indicador de Atividade do Comércio, divulgado pela Serasa Experian, nesta segunda-feira (29).
O resultado reflete um consumo ainda cauteloso, mas com estímulos pontuais vindos da sazonalidade do período, especialmente por conta da Black Friday.
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Na comparação entre novembro de 2025 e o mesmo mês de 2024, o varejo físico registrou retração de 0,9%, indicando um movimento de acomodação do setor.
No recorte anual, Combustíveis e Lubrificantes lideraram os avanços, com alta de 2,0%, seguidos por Material de Construção (1,3%), Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (0,7%) e Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (0,3%).
Confira abaixo a lista completa:
Material de construção lidera altas do varejo no mês
Entre os segmentos analisados, o setor de Material de Construção apresentou a maior alta mensal, com crescimento de 1,2%.
Na outra ponta, Veículos, Motos e Peças registrou a maior retração, de 1,2%, mantendo a tendência de desempenho mais fraco dos setores dependentes de crédito.
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Segundo a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, a Black Friday teve papel relevante no resultado do mês.
“A Black Friday contribuiu para sustentar a atividade do comércio em novembro, especialmente em segmentos menos dependentes de financiamento, ao antecipar compras e estimular decisões de consumo por meio de descontos”, afirma.
Ela ressalta, no entanto, que o ambiente macroeconômico segue como um limitador. “O cenário de juros elevados e crédito caro continua restringindo a recuperação de setores mais sensíveis, como o de veículos, mantendo o avanço do indicador em um ritmo moderado”, explica.
Juros altos seguem pesando sobre bens duráveis
Para Camila Abdelmalack, o desempenho anual reforça que o varejo ainda enfrenta um ambiente desafiador.
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“Mesmo com a sazonalidade positiva de novembro e com o impacto da Black Friday sobre parte das vendas, o resultado anual ainda reflete juros elevados, crédito restrito e maior cautela das famílias com o orçamento”, afirma.
Segundo ela, esses fatores afetam principalmente os bens duráveis, que dependem mais de financiamento, enquanto setores menos sensíveis ao crédito apresentam desempenho relativamente melhor.






