A ata da reunião do Copom divulgada nesta terça-feira (8) indica que o Comitê considera mais adequado não sinalizar a magnitude dos seus próximos ajustes na taxa Selic e reduzir o ritmo das alterações, bem como o aperto monetário. A posição é diferente da indicada na semana anterior considerada mais “dovish”.
Em resumo, a ata sinalizou que o ciclo de altas não vai se encerrar em breve. O cenário internacional e os riscos fiscais são os principais responsáveis pela mudança no tom do comitê.
No trecho abaixo retirado do item 12 da seção “Discussão sobre a condução da política monetária” são avaliados os possíveis impactos de políticas de preços baixos, em uma referência à PEC dos Combustíveis.
“A incerteza em relação ao futuro do arcabouço fiscal atual resulta em elevação dos prêmios de risco e eleva o risco de desancoragem das expectativas de inflação. (…) Esmorecimento no esforço de reformas estruturais e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia. (…) o Comitê nota que mesmo políticas fiscais que tenham efeitos baixistas sobre a inflação no curto prazo podem causar deterioração nos prêmios de risco, aumento das expectativas de inflação e, consequentemente, um efeito altista na inflação prospectiva.”









