As chuvas dos últimos três dias fizeram as maiores mineradoras do país interromperem suas atividades por conta do volume de água acima do normal em barragens nesta segunda-feira (10). Esta é apenas uma fração do problema que o país enfrenta com o setor de mineração. Um relatório oficial mostra que, hoje, 40 barragens estão em nível de emergência.
Segundo o documento publicado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), o Brasil três das barragens em nível de emergência estão no estado de Minas Gerais.
A Vale possui 3 barragens na região que estão em níveis críticos de emergência. Todas possuem estruturas próprias para emergências, como contenção de barragens de backup.
O mercado enxergou com bons olhos a paralisação das atividades, levando as ações da CSN a subir. Depois dos desastres de Mariana e Brumadinho, a abordagem de tolerância zero que as empresas mineradores passaram a adotar em relação aos riscos oferecidos pelas barragens é uma forma de minimizar os riscos operacionais e manter uma abordagem prudente.
A expectativa é que a normalização das atividades aconteça em um curto período de tempo, conforme as chuvas derem trégua, sem causar grandes perdas para o setor. Embora as expectativas de produção de minério de ferro para 2022 não tenham sofrido alterações, a Vale tem ⅓ de sua capacidade paralisada e a MUSA, unidade de mineração da Usiminas, está completamente paralisada.
Neste domingo (9) moradores dos municípios de Pará de Minas foram surpreendidos por uma postagem no Instagram da prefeitura que informava sobre o alto risco de rompimento da barragem da Usina do Carioca e pedia para que a região fosse evacuada devido ao grande volume de água que verte tanto por cima como pela lateral da barragem.
Imagem: Divulgação/Usina do Carioca









