O Brasil deverá produzir 290 milhões de toneladas de grãos este ano, em uma safra recorde. Entretanto, infelizmente, a expectativa é que os preços dos alimentos também sigam em alta.
O atual patamar de preços é resultado das sucessivas altas dos últimos três anos e 2022 não vai fugir dessa tendência, com desvalorização do real, forte demanda externa e as alterações climáticas, que provocam secas e geadas, aumentando o risco da produção.
Assim, o aumento dos custos de produção no setor agropecuário deve ser repassado ao consumidor, de acordo com reportagem da Folha de S.Paulo.
Vale lembrar que o cenário econômico brasileiro passa por um momento de alto desemprego, baixa renda e pressão inflacionária.
O momento é excelente para grandes exportadores, de forma que suas receitas em dólar cobrem o aumento dos custos. A forte demanda externa faz com que os alimentos só vendam para o mercado interno a preços muito altos.
A má notícia vem para os pequenos produtores que vendem para o mercado interno, que ganham em real e gastam em dólar. Isso porque os insumos utilizados nessa atividade econômica são importados.
Além de acabarem repassando o aumento dos custos para o consumidor, muitos pequenos produtores provavelmente serão forçados a sair do mercado.









