O banco de investimentos BTG Pactual divulgou sua primeira carteira de ações recomendadas do ano, cobrindo o mês de janeiro. Na carteira, a CPFL Energia, após sucessivas quedas em seus papéis, deixa espaço para a empresa de tecnologia TOTVS.
O BTG espera que em 2022, o mercado será altamente volátil, e pelos temas identificados pelos bancos, eles pretendem expor a carteira ao aumento da inflação e das taxas de juros, o maior consumo da classe alta, os preços elevados do petróleo e a desvalorização do real.
Confira a composição da carteira:
A alta taxa de juros tende a beneficiar bancos e seguradoras. As ações do Itaú e da B3 que serão responsáveis por manter a carteira exposta a esse setor.
Já os grupos de alta renda não são tão sensíveis à inflação e taxa de juros, e devem voltar a consumir mais com a reabertura econômica. Por isso, o BTG mantém Iguatemi e Arezzo no seu portfólio.
A empresa também mantém a PetroRio e a Raízen, porque acredita que os preços do petróleo e gás devem “ser firmemente sustentados por uma forte atividade econômica global”.
Já a desvalorização do real deve beneficiar “players globais de materiais básicos”, beneficiando a Gerdau (produtora de aço) e Suzano (produtora de papel e celulose), que seguem na carteira.
O QUE MUDOU?
O BTG decidiu substituir a CPFL, devido a desvalorização de suas ações. Em um ano, a empresa teve baixa de 17,89%, sendo que perdeu 7,21% apenas no último mês.
A proposta do banco, então, é substituí-la pela Totvs, que “é uma das melhores ações para se ter em carteira em um cenário de alta da inflação uma vez que suas receitas são ajustadas automaticamente pela inflação, proporciona aos clientes um serviço essencial, difícil de substituir”.
O banco entende que esse é um investimento defensivo, que protegerá os investidores do aumento da inflação e da potencial deterioração da atividade econômica.
A escolha também foi motivada pelo R$ 1,4 bilhão que a empresa levantou em follow-on em setembro, além de suas novas fusões e aquisições.