O Credit Suisse baixou o preço-alvo das ações da XP Inc., empresa que controla a XP Investimentos, de US$ 43 para US$ 37 por papel, mas manteve a recomendação neutra. Listada na Nasdaq desde o final de 2019, a empresa não conseguiu se livrar do mau humor da economia Brasileira.
Marcelo Telles, Bruna Amorim e Daniel Vaz, que assinam o relatório do banco, responsabilizaram a economia brasileira pela decisão, segundo informação do portal Money Times.
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Com o forte ritmo do aumento da Selic que puxou a taxa livre de risco e acabou impactando no custo de capital dos acionistas. Essa alta anulou as projeções de ganhos para o papel, segundo analistas.
“Apesar do desempenho da ação abaixo da média nos últimos meses, e sem embargo nossa expectativa de um bom terceiro trimestre, acreditamos que o custo-benefício permanece desfavorável para a XP Inc.”, afirma o trio.
De acordo com o banco suíço, a XP Inc. é uma das ações mais sensíveis à alta dos juros no setor financeiro do Brasil. “Cada 100 pontos-base (1%) de aumento no custo de capital para o acionista reduz o valor justo da XP em 18%”, justifica.
Os acionistas da XP Inc. não são os únicos afetados pela alta dos juros. O Credit Suisse acrescenta que o aperto monetário impacta também os próprios negócios do grupo, já que o fluxo líquido de capital está migrando de ativos de renda variável, como as ações, para a renda fixa.
Às 16h (horário de Brasília) os papéis da XP Inc. estão sendo vendidos a US$ 34,19, com alta de 4,21%.
Imagem: Piqsels.com