O IRB Brasil Resseguros (IRBR3) registrou lucro líquido de R$ 84,4 milhões em agosto deste ano. A boa performance, no entanto, se deve ao ganho de uma causa judicial relacionada ao PIS/Pasep, com efeito positivo de R$ 129,4 milhões. Sem esse processo, o ressegurador teria registrado prejuízo no mês, apesar das tendências operacionais mais positivas.
No acumulado de 2021, a empresa tem um saldo negativo de R$ 168,9 milhões, uma redução de 77% na comparação entre janeiro e agosto de 2020.
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Apesar de ter mostrado melhoria em agosto deste ano, a taxa de sinistralidade do IRB Brasil continua acima do patamar sustentável, afirmam os analistas do Citi. Segundo Gabriel Gusan, Karina Martins, Roberta Versiani e Jörg Friedemann, as estimativas do banco para a resseguradora no curto prazo podem estar otimistas demais.
A despesa de sinistro em agosto deste ano foi de R$ 533,7 milhões, 10,1% menor a agosto de 2020. O índice de sinistralidade do IRB em agosto foi de 81% e, sem ajustes, ficou em 84,6%. Um ano antes, havia sido de 89,6%; no mês anterior, chegou a 107,8%. “Apesar da melhoria na rentabilidade, reiteramos que a taxa de sinistralidade do IRB permanece acima do patamar que acreditamos que seja sustentável”, diz o banco.
O Citi ressalva que nos prêmios, as tendências não se alteram. Dos R$ 750,5 milhões totalizados pelo IRB em agosto, obteve um crescimento 7,6% em relação a agosto de 2020, sendo R$ 454,7 milhões no Brasil e R$ 295,8 milhões no exterior. O prêmio emitido no Brasil cresceu 27,2% em relação a agosto de 2020, enquanto no exterior ocorreu uma redução de 13,0%.
O Citi mantém sua recomendação de venda para ação do IRB, com preço-alvo de R$ 4,30, 17,6% abaixo do registrado no fechamento de ontem. Às 15h45 (horário de Brasília), os papéis da IRB (IRBR3) são vendidos a R$ 5,05, com uma queda de 3,26%.
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