As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) dispararam cerca de 50% nos últimos 30 dias, liderando a lista de ganhos acumulados do Ibovespa, o principal índice do mercado de ações brasileiro.
No começo de março, o Pão de Açúcar viu seus papéis despencarem 66% depois da conclusão do processo de cisão da Sendas, dona do Assaí (ASAI3).
A impressão do mercado sobre a cisão é que o desconto foi desproporcional e que, mesmo sem a Sendas, o Pão de Açúcar tem muito a crescer.
Houve quem aproveitou a cisão e a queda das ações da varejista para reforçar suas posições no Pão de Açúcar, como o Werner Roger, chefe de investimentos e sócio da Trígono Capital. Para Roger, o mercado é absolutamente irracional sobre a precificação de PCAR3.
Além disso, Werner disse, à revista Exame, que, com o processo de cisão, o Pão de Açúcar transferiu sua dívida de cerca de R$ 6 bilhões para o Assaí, que se tivesse sido contratada a um juros de 5%, gerariam ao ano pelo menos R$ 400 milhões de despesas financeiras.
*Imagem em destaque: Wikimedia Commons