Os mercados globais apresentam uma abertura em queda nesta terça-feira (16), com destaque para os Estados Unidos, onde o S&P 500 registra -0,6% e o Nasdaq 100, -0,7%, após o feriado. Investidores estão atentos aos resultados do Goldman Sachs e Morgan Stanley referentes ao 4° trimestre de 2023.
Desempenho internacional
- Na Europa, o Stoxx 600 apresenta queda de 0,6% devido a comentários sobre pressões inflacionárias.
- Na China, índices fecharam mistos, com o CSI 300 registrando 0,6% e o HSI liderando a queda com -2,2%, atingindo a mínima em 14 meses, impulsionado pelo setor imobiliário.
- Na zona do euro, a produção industrial caiu 0,3% em novembro, indicando um enfraquecimento da atividade econômica devido à política monetária restritiva.
- No Reino Unido, dados de novembro revelam mercado de trabalho resiliente, com aumento de 73 mil empregos e taxa de desemprego mantendo-se em 4,2%.
- Hoje, os mercados monitoram dados de atividade na China, incluindo produção industrial, vendas no varejo e relatório de emprego, todos referentes a novembro.
- Dirigentes das autoridades monetárias, como Andrew Bailey do Banco de Inglaterra e Christopher Waller do Fed, irão se pronunciar, gerando atenção dos investidores.
Brasil
- No Brasil, o IBGE deve apresentar recuperação do setor de serviços em novembro, após três meses consecutivos de queda, com foco nos segmentos ligados à demanda das famílias. Projeção de variação mensal é de 0,6%, comparado a uma queda de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2022.
- Após IPCA de 2023 em 4,6%, expectativas para 2024 são revisadas para baixo, projetando inflação de 3,87%.
- Crescimento do PIB estimado em 1,59% para 2024, e projeções para a Selic permanecem em 9,00% no final de 2024. Expectativas para a taxa de câmbio também são ajustadas.
- Na zona do euro, enfraquecimento da atividade econômica persiste, especialmente após contração de 0,3% no PIB da Alemanha em 2023.
- Japão registra inflação ao produtor de 0,3%, com inflação acumulada em doze meses caindo de 0,3% para 0,0%.
Empresas
Tenda (TEND3)
- Tenda divulga dados operacionais do 4T23, destacando lançamentos notáveis (+52% A/A) e sólidas vendas líquidas (+25% A/A).
- Segmento Tenda cresce expressivamente (+41% A/A e +33% T/T), impulsionando os resultados.
- Vendas de lançamentos representam 69% do total, contribuindo para VSO de 26,1% (+0,5 p.p. A/A).
- Preços se mantêm saudáveis (+10% A/A), fortalecendo a rentabilidade.
- Rentabilidade da Alea pode pressionar resultados no curto prazo; recomendação neutra, preço alvo R$ 11,0/ação.
Direcional (DIRR3)
- Direcional apresenta sólidos dados operacionais no 4T23, com vendas líquidas robustas de R$ 1,2 bilhão (+76% A/A).
- VSO consolidada atinge 19%, evidenciando forte demanda no segmento de baixa renda.
- Segmento Direcional registra crescimento expressivo nas vendas líquidas (+35% A/A).
- Lançamentos aumentam 31% A/A, destacando-se no programa MCMV.
- Perspectiva positiva, recomendação de compra, preço alvo R$ 26,00/ação.
3Tentos (TTEN3)
- 3Tentos anuncia plano de CAPEX de R$ 2 bilhões (2024-2030) para fortalecer sua posição no agronegócio.
- Investimentos incluem indústria de processamento de milho, novas lojas, expansão de capacidades e terminal no Arco Norte.
- Estratégia busca verticalização e criação de ecossistema único no setor agrícola.
- Expectativa de reação positiva nas ações; visão otimista com a tese de crescimento.
Telecom Brasil, Vivo (VIVT3) e TIM (TIMS3)
- Estimativas positivas para os resultados do 4T23 da Vivo e TIM.
- Vivo foca em estratégias pós-pago e fixo, ajustes de preços para impulsionar receita e expandir margens.
- TIM espera crescimento de receitas, impulsionado por aumentos de preços e dinâmica competitiva favorável.
- Rescisão do contrato com a Oi impacta positivamente a rentabilidade da TIM.
- Forte desempenho financeiro esperado para ambas as empresas no 4T.
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