A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que propõe alterações nas regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC). A iniciativa visa tornar mais flexíveis os critérios de renda, permitindo, desta forma, que mais indivíduos necessitados possa ter acesso ao benefício.
Simplificação das regras do BPC

Atualmente, o BPC estabelece condições rigorosas para limitar a entrada de novos beneficiários. As medidas dizem respeito à renda e à condição física do candidato ao benefício. Com as mudanças propostas, a previsão é que mais brasileiros possam solicitar o valor mensal.
Este benefício se destina a dois grupos específicos: idosos com mais de 65 anos e pessoas com deficiência de qualquer idade. Para receber o BPC, é necessário estar registrado no Cadastro Único e possuir uma renda familiar per capita inferior a um quarto do salário mínimo.
Pagamento BPC para 2024:
Para o ano de 2024, já foram divulgadas as datas de pagamento do benefício. Além disso, as datas referentes a dezembro de 2023 também foram anunciadas. Confira as informações importantes sobre o cronograma:
Datas de pagamento para janeiro de 2024:
- Primeiros depósitos entre 25 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024.
É válido observar que 168.062 beneficiários recebem até um salário mínimo, enquanto 868.803 beneficiários recebem acima do piso nacional. Essas informações são essenciais para os beneficiários do programa ficarem cientes das datas de depósito e se organizarem financeiramente.
Quem tem direito ao BPC?
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como Loas, é um benefício assistencial pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a idosos com 65 anos ou mais e pessoas com deficiência que comprovem não ter condições de se sustentar.
Para ter direito ao BPC, o beneficiário deve atender aos seguintes requisitos:
- Idade: ser idoso com 65 anos ou mais ou pessoa com deficiência.
- Condição de miserabilidade: a renda per capita familiar deve ser inferior a 1/4 do salário mínimo.
- Inexistência de meios de prover a própria manutenção: o beneficiário deve comprovar que não tem condições de se sustentar por meio de trabalho ou de outros meios.
A renda per capita familiar é calculada dividindo-se a renda familiar total pelo número de pessoas que compõem a família. A renda familiar total é o somatório dos rendimentos de todos os membros da família, incluindo salários, aposentadorias, pensões, aluguéis, rendimentos de aplicações financeiras, etc.
O BPC é um benefício vitalício, ou seja, é pago enquanto o beneficiário atender aos requisitos para recebê-lo. O valor do BPC é de um salário mínimo, atualmente R$ 1.412,00.
Para solicitar o BPC, o beneficiário deve comparecer a uma agência do INSS ou realizar o pedido pela internet, no site do INSS. O beneficiário deve apresentar os seguintes documentos:
- Documento de identificação com foto
- CPF
- Carteira de trabalho
- Comprovante de renda familiar
- Laudo médico, se for o caso
O INSS irá analisar o pedido do beneficiário e, se aprovado, o benefício será concedido.
O BPC é um benefício importante para garantir a proteção social de idosos e pessoas com deficiência que se encontram em situação de vulnerabilidade. O benefício contribui para garantir o sustento dessas pessoas e para promover a inclusão social.
Alterações propostas para as regras do BPC
Dois projetos de lei, atualmente em análise, propõem a revisão do limite de renda permitida para o logro do benefício. Os textos têm como principal objetivo expandir o critério de elegibilidade para pessoas com deficiência, favorecendo principalmente crianças e adolescentes impedidos de trabalhar devido às suas condições.
Certamente, as propostas de modificação apresentadas visam aprimorar o acesso e os benefícios concedidos pelo BPC. Dentre as alterações propostas, destacam-se:
- Elevação do Limite de Renda para Pessoas com Deficiência (PcD): A proposta visa aumentar o limite de renda para pessoas com deficiência, permitindo que aquelas que possuem uma renda de até um salário mínimo por membro familiar possam ser elegíveis para o BPC. Isso amplia o alcance do benefício, garantindo suporte financeiro a um grupo mais abrangente de PcDs.
- Acúmulo de Benefícios: Uma das propostas sugere que o valor recebido pelo BPC não seja considerado como renda ao avaliar a elegibilidade para outros benefícios sociais, como o Bolsa Família. Essa mudança busca facilitar o acesso a diferentes formas de apoio financeiro, garantindo que o recebimento do BPC não seja um impedimento para outros benefícios.
Essas modificações, se implementadas, têm o potencial de proporcionar um suporte mais efetivo e abrangente para pessoas com deficiência e suas famílias, promovendo maior inclusão e qualidade de vida.
Os dois projetos continuam em fase de análise antes de sua conclusão. Afinal, as mudanças trazem um impacto significativo para a vida de vários brasileiros que necessitam de auxílio do governo. Como sempre, a esperança é que essas alterações tragam um benefício real para as pessoas mais necessitadas do país.