Após algumas tentativas fracassadas, as gigantes do varejo de moda Arezzo (#ARZZ3) e Soma (#SOMA3) voltaram a discutir uma possível fusão entre as empresas, mas, dessa vez, as conversas parecem melhor encaminhadas.
Ontem (31), em plena “super quarta”, ambas as companhias confirmaram ao mercado, por meio de fato relevante, que existem negociações em andamento para uma combinação dos ativos em uma única base acionária com governança compartilhada.
No comunicado, foi informado, também, que, caso o negócio vá para frente, Alexandre Birman, atual presidente da Arezzo, será o CEO, e Roberto Jatahy, atual presidente do grupo Soma, será o CEO da unidade de vestuário feminino.
Segundo o Valor Econômico, Birman e Jatahy, se reuniram neste fim de semana, no Rio de Janeiro, para acertar os detalhes da transação.
Apesar de tudo indicar um estágio mais avançado, as companhias informam que não há nenhum documento ou garantia que assegure a realização da possível fusão.
Reação do mercado
Com a fusão, Arezzo e Soma formarão a maior companhia de marcas premium de capital nacional, combinando para um pouco mais de 30 marcas — entre elas Hering, Reserva, Arezzo, Animale —, com, aproximadamente, 2 mil lojas e 21 mil funcionários. A operação colocará a nova empresa entre as 20 maiores varejistas do Brasil em vendas anuais, segundo ranking geral da SBVC (entidade de varejo e consumo).
A reação do mercado com a notícia foi bem positiva. No fechamento de ontem, as ações da Arezzo (#ARZZ3) fecharam em alta de 12,09%, cotadas a R$ 62,59, e as ações do Soma (#SOMA3) subiram 16,8%, cotadas a R$ 7,92.
Hoje (1), às 14h45, as ações seguem rumos diferentes. Arezzo (#ARZZ3) cai 0,26%, a R$ 62,43; Soma (#SOMA3) sobe 0,51%, a R$ 7,96.
Valor de mercado e projeções financeiras
Considerando projeções de analistas do Goldman Sachs, do Citi, e da agência de rating S&P, em relação à receita líquida, a operação deve alcançar quase R$ 12 bilhões em 2024, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e deprciação, na sigla em inglês) de R$ 1,9 bilhão. As análises também apontam baixo endividamento, sendo duas vezes inferior à relação dívida líquida e Ebitda.
Em termos de sinergias geradas, informações do Valor Econômico aparam que as contas iniciais projetam até 40% da receita anual das empresas, na faixa de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,7 bilhões, e que boa parte virá de ganhos em despesas operacionais e na área fiscal. Ontem, os cálculos de gestores projetavam que de 15% a 20% virá apenas na área tributária. No negócio, haverá soma relevante de sinergias geradas em calçados e acessórios femininos.









