A Alemanha, maior economia da Europa, caminha para uma recessão — dois trimestres consecutivos de contração. O ministro das finanças, Christian Lindner, revisou para baixo as expectativas de crescimento do país em 2024, caindo de 1,3% para 0,2%, indicando desafios como o ambiente global instável e o baixo crescimento do comércio internacional, de acordo com informações da Deutsche Welle.
Mas isso não parece ser um problema para o DAX 40, índice que acompanha as 40 maiores empresas da Alemanha, que se mantém otimista, batendo recordes e chegando, hoje (29), a seis altas consecutivas.
Por que a economia cai e a Bolsa sobe?
As 40 empresas representadas no DAX têm pouca exposição à economia alemã, isso as protege dos impactos negativos que o país vem sofrendo, como a inflação alta e a queda na produção industrial. Essa “armadura” parece passar segurança para os investidores, que continuam impulsionando a Bolsa com seu otimismo.
Em relação à queda, metade da economia é composta por pequenas e médias empresas alemãs, que não estão no DAX, essas, sim, enfrentam dificuldades com aumento nos custos de produção e salários. Ou seja, diferentemente dos “guerreiros”, os menores acabam indo para a batalha sem proteção.
Além disso, a força da economia dos Estados Unidos, a redução da inflação e expectativa de taxas de juros mais baixas podem estar influenciando esse desempenho. Para o “clube dos 40”, uma economia interna mais fraca pode significar euro barato e custos de empréstimos mais baixos.









