Para muitos brasileiros, adquirir uma casa própria é o passo principal para a realização de um sonho. Visando facilitar esse sonho para uma parcela da população que recebe até dois salários mínimos, o Conselho Curador do FGTS acaba de aprovar uma novidade: o FGTS Futuro no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida. Esse novo modelo permitirá que depósitos futuros do FGTS sejam usados para a conquista do lar próprio.
Antes de tudo, algumas etapas precisam ser concluídas para que a iniciativa entre em vigor. Entre elas, está a necessidade de aprovação de normas operacionais pela Caixa Econômica Federal, que é o agente operador do FGTS. Essas regras definirão a mecânica de transferência dos depósitos de 8% do salário para o financiamento habitacional do Minha Casa, Minha Vida.
Como o FGTS futuro funciona?

Com a implantação do FGTS Futuro, prevê-se beneficiar até 43,1 mil famílias na primeira fase de testes. Essa novidade promete transformar o sonho da casa própria em realidade para muitos, com a possibilidade de estender o programa a todas as faixas do Minha Casa, Minha Vida no futuro.
O funcionamento do FGTS Futuro é simples, porém inovador, usando os depósitos mensais feitos pelo empregador no FGTS como uma forma de comprovar renda para o financiamento habitacional.
Quando será possível o financiamento pela Caixa?
A Caixa Econômica Federal começará a oferecer, a partir de abril, financiamentos habitacionais utilizando o FGTS Futuro. Essa novidade estará disponível em até 15 dias para trabalhadores com renda de até R$ 2.640. Os financiamentos poderão ser utilizados para aquisição de imóveis novos e usados pelo programa Minha Casa, Minha Vida.
O anúncio foi feito após a aprovação pelo Conselho Curador do FGTS na terça-feira (26).
O FGTS Futuro é uma modalidade que permite o uso de contribuições futuras do empregador ao fundo para comprovar uma renda maior, possibilitando aos trabalhadores adquirir imóveis ou reduzir o valor da prestação.
Quais os benefícios?
A maior vantagem prometida é a ampliação do acesso ao financiamento habitacional, permitindo que famílias financiem imóveis mais caros ou acelerem a amortização de financiamentos existentes. No entanto, é necessário considerar os riscos, especialmente se o trabalhador vier a ser desempregado.
O Conselho Curador já estabeleceu medidas para mitigar tais riscos, como a suspensão das prestações por até seis meses em caso de desemprego, mas o trabalhador precisará arcar com o valor integral da prestação após esse período.
Quais as expectativas futuras do FGTS?
O Ministério das Cidades divulgou simulações mostrando como o FGTS Futuro pode impactar a vida de uma família. Nesses cenários, fica evidente a flexibilidade e as possibilidades trazidas pela iniciativa, desde a quitação antecipada das parcelas até a adaptação frente a mudanças na renda familiar. Com isso, o FGTS Futuro se apresenta como uma alternativa promissora para tornar a aquisição da casa própria uma realidade para mais brasileiros.









