Segundo a GloboNews, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates pediu audiência com o presidente Lula. Ele passa por um processo de fritura dentro do governo. Em recente entrevista, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deixou claro que as divergências entre governo e a direção da petroleira estão aumentando.
A emissora diz que Aloízio Mercadante, atual presidente do BNDES, é cotado novamente para ocupar a vaga de Prates. Por ser um nome histórico do PT e nada alinhado ao mercado, a informação deve causar revés nos papéis da petroleira, a confirmar se é apenas ruído ou realidade.
Logo após a divulgação da reportagem, as ações da Petrobras (#PETR3 e #PETR4) saíram de uma alta de 2% para uma queda de 0,8%, mas voltaram a subir neste início de tarde com a notícia de que os ministros de Lula haviam selam acordo pelo pagamento de dividendos extras da Petrobras.
Prates x Silveira
Em entrevista à Folha de S.Paul nesta quinta-feira (4), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, admitiu que há animosidade sim entre ele e o atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
“Sempre tive debates acalorados, verdadeiros. Mas debates transparentes sobre o que eu, como governo, defendo na Petrobras; e o presidente da Petrobras, naturalmente, [defende] como presidente de uma empresa. Os papéis são diferentes. Por isso há um conflito”, afirma à Folha.
Quem é Aloízio Mercadante?
Aloizio Mercadante é graduado em Economia pela Universidade de São Paulo (USP) e mestre em Economia pela mesma instituição. Nascido em 1954, Mercadante começou sua carreira política nos anos 80, destacando-se como um dos fundadores do PT e posteriormente ocupando cargos importantes tanto no governo estadual de São Paulo quanto no governo federal.
Foi Ministro da Educação durante o governo de Dilma Rousseff, período em que conduziu importantes políticas educacionais, como o programa de cotas nas universidades públicas. No entanto, sua gestão também foi marcada por controvérsias e enfrentamentos políticos, especialmente relacionados aos movimentos estudantis e às reformas no ensino médio.