A indústria global de jogos eletrônicos faturou US$ 196,8 bilhões só em 2022 e deve movimentar US$ 321 bilhões de dólares até 2026, segundo pesquisa da consultoria PwC. As empresas de games, agora, têm à sua frente a possibilidade de usar a inteligência artificial nos jogos.
A preocupação se volta, especialmente, aos personagens não-jogáveis (os personagens “do computador”, conhecidos como ‘Non-player Characters’ ou ‘NPCs’ na indústria). Os NPCs são personagens com qual o jogador apenas interage, sem poder controlá-los. Porém, muitos destes personagens não-jogáveis acabam por repetir as mesmas frases pré-definidas por não terem um sistema que variem suas falas. Além disso, é comum que o NPC não consiga se lembrar de respostas anteriores.
Com o uso de IA nos jogos, o NPC seria mais inteligente. Ou seja, além de se lembrar de respostas anteriores, daria sentido aos diálogos e suas respostas seriam variadas. Isso torna a experiência do jogador mais imersiva, realista e divertida.
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A startup Inworld, por exemplo, expôs, durante uma conferência sobre IA, uma tecnologia que permite que os NPCs respondam em poucos segundos a perguntas e falas feitas pelo jogador. A ferramenta se assemelha ao uso do ChatGPT, mas segue parâmetros voltados à história do jogo.
É possível ver o uso da ferramenta em um vídeo, que mostra uma modificação (mod) do jogo Mount & Blade II: Bannerlord. Durante o vídeo, é possível ver o NPC interagindo com o jogador, onde uma barra escrita ‘You Say’ (você diz) permite que o player consiga escrever sua resposta, e o NPC inteligente consegue interpretar a fala, responder e se lembrar das suas respostas anteriores.
Outro exemplo é sobre a Ubisoft, empresa de jogos conhecida pelas franquias Assassin’s Creed e Far Cry, que, em março deste ano, anunciou implementar um sistema de IA nos seus jogos para criar diálogos de NPCs. A ferramenta, chamada de ‘Ghostwriter’ pela empresa, foi altamente criticada nas redes sociais ao ser anunciada.
Isso porque muitos jogadores se preocuparam sobre a ferramenta estar, possivelmente, substituindo os roteiristas. Em nota, a Ubisoft negou a substituição dos profissionais e mencionou aliviá-los de uma de suas tarefas mais chatas e trabalhosas.
Saindo do quesito dos NPCs, a plataforma chinesa de criação de jogos Yahaha fez uma demonstração, também em vídeo, de uma inteligência artificial capaz de criar e posicionar objetos em 3D para os jogos. Também com funcionalidade semelhante ao ChatGPT, o interessado escreve o que gostaria e, em devolutiva, a ferramenta constrói e posiciona o objeto.
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