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Nada ortodoxo, Galípolo vai para diretoria de política monetária do BC

Maria Júlia Baumert Por Maria Júlia Baumert
08/maio/2023
Em Economia, Notícias
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Horas antes de sua viagem ao Japão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou Gabriel Galípolo como diretor de política monetária do Banco Central.

“Galípolo já poderá assumir agora, não no fim do ano”, disse Haddad.

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Galípolo hoje é o “número 2” do Ministério da Fazenda, ocupando ​​o cargo de secretário-executivo. Na época de sua nomeação, a aposta do PT era de que ele criasse uma convivência pacífica com o mercado financeiro.

Haddad confirmou a estratégia nesta segunda-feira (8), afirmando que pensa estar “no caminho de dar tranquilidade para o investidor”. ​O nome deve passar por aprovação no Senado Federal.

Galípolo é economista, foi CEO do Banco Fator de 2017 a 2021 e hoje é conselheiro da Fiesp, professor da UFRJ e pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

Na política, ele trabalhou na Secretaria Estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, durante o governo de José Serra, e ajudou a construir o plano de governo de Aloizio Mercadante, ex-ministro de Dilma Rousseff, hoje cotado para assumir a chefia do BNDES ou da Petrobras.

O economista é um crítico ferrenho das políticas de austeridade, que tanto têm sido cobradas por players do mercado. Para ele, o arrocho nas contas públicas, em vez de atrair dinheiro, acaba por apenas diminuir o emprego e a demanda.

“A história recente da evolução da dívida pública no Brasil demonstra o avesso da sabedoria convencional”, diz Galípolo em seu livro “Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo”, escrito em parceria com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, publicado em 2017.

Ortodoxos & heterodoxos

Galípolo e Belluzzo são da corrente de pensamento chamada heterodoxa na Economia. 

Os economistas ortodoxos, também conhecidos como economistas neoclássicos, são aqueles que seguem a teoria neoclássica da economia. Esta abordagem se concentra na ideia de que as decisões econômicas são tomadas com base na maximização da utilidade e que os mercados são eficientes na alocação de recursos.

Os economistas ortodoxos acreditam que o comportamento humano é racional e que as leis da oferta e da demanda regem o funcionamento da economia. Eles enfatizam a importância da estabilidade macroeconômica, incluindo a manutenção de baixa inflação e equilíbrio fiscal.

A equipe do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, por exemplo, era quase que em sua totalidade formada por pessoas da corrente ortodoxa.

Já os economistas heterodoxos rejeitam a abordagem neoclássica e argumentam que ela não é adequada para explicar a realidade da economia. Eles propõem teorias alternativas, que muitas vezes questionam as premissas da economia neoclássica. Entre as teorias heterodoxas mais conhecidas estão a teoria marxista, a teoria keynesiana e a teoria da economia institucional.

Esses economistas tendem a ser mais críticos em relação ao papel dos mercados na alocação de recursos, argumentando que muitos mercados não são eficientes e que a desigualdade econômica pode ser um problema significativo. Eles também tendem a enfatizar a importância de políticas governamentais e de regulação para garantir a estabilidade macroeconômica e a justiça social.

O que pensa Galípolo?

Em seu livro “Manda quem pode, obedece quem tem prejuízo”, escrito em parceria com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, publicado em 2017, Galípolo expõe posições bastante claras, dando dicas do que o mercado pode esperar de sua gestão como secretário da Fazenda. Veja trechos selecionados pelo Monitor do Mercado.

O economista é um crítico ferrenho das políticas de austeridade, que tanto têm sido cobradas por players do mercado. Para ele, o arrocho nas contas públicas, em vez de atrair dinheiro, acaba por apenas diminuir o emprego e a demanda. “A história recente da evolução da dívida pública no Brasil demonstra o avesso da sabedoria convencional”, alfineta.

“A noção de que a consolidação do orçamento pode ser expansionista (isso é, aumenta o crescimento e o emprego), por elevar a confiança do setor privado e o investimento, não se confirmou na prática” afirmou o economista. 

Seguindo seu raciocínio, políticas como o Teto de Gastos teriam pouca serventia ao país. “A poupança macroeconômica não pode jamais preceder o investimento”, afirmam Galípolo e Belluzzo.

No mesmo livro, os economistas fazem severas críticas ao mercado financeiro, afirmando que a política do “valor do acionista” acaba colocando o desempenho das empresas como refém das políticas de curto prazo e da redução de custos, impedindo o verdadeiro crescimento.

“O império do ‘valor do acionista’ desatou surtos intensos de reengenharia administrativa, estimulando a flexibilização das relações de trabalho. O desempenho empresarial tornou-se refém do ‘curto-prazismo’ dos mercados financeiros e da redução de custos.”

Veja trechos relevantes da obra de Galípolo e Belluzzo:

“A ocorrência, desde 1980, de aproximadamente 150 convulsões com influxos de capitais, em mais de 50 mercados emergentes, credencia a reivindicação do economista de Harvard, Dani Rodrik, de que esses “dificilmente são efeitos ou defeitos secundários nos fluxos de capital internacional; eles são a história principal”. Segundo o estudo, as políticas de austeridade não só geram substanciais custos ao bem-estar pelos canais da oferta, como deprimem a demanda e o emprego. A noção de que a consolidação do orçamento pode ser expansionista (isso é, aumenta o crescimento e o emprego), por elevar a confiança do setor privado e o investimento, não se confirmou na prática.”

“A macroeconomia ensinada nas últimas décadas nas academias do mundo anglo-saxão não contempla a existência de dinheiro, bancos ou mercados financeiros. Os mercados de crédito, de avaliação da riqueza e suas poderosas instituições – o sistema nervoso que comanda o capitalismo – são impedidos pela racionalidade dos “mercados eficientes” de desatar corridas para a liquidez e crises financeiras. Se não há dinheiro verdadeiro, não há demanda de liquidez.”

“Os grandes bancos internacionalizados, sobretudo os bancos americanos, cuidaram de administrar em escala global a rede de relações débito-crédito. Ao comandar a circulação de capitais entre as praças financeiras, tornaram-se senhores dos “fundamentos econômicos” com poder de afetar a formação das taxas de juro e de câmbio. Esta submissão dos Estados aos ditames da finança globalizada foi acompanhada de mudanças na estrutura da propriedade e da concorrência, ou seja, os grandes bancos financiaram e organizaram o jogo da concentração patrimonial e produtiva.”

“Após a crise financeira de 2007/2008 a política de socorro às instituições financeiras grandes demais distribuiu prêmios aos seus arquitetos, flagrantes na autorização do “independente” Federal Reserve para utilizar US$ 700 bilhões dos contribuintes na compra de títulos podres e nos casos conhecidos como golden parachutes (paraquedas de ouro). O quantitative easing descarregado nos bancos não recuperou as economias, socializou prejuízos e privatizou riqueza pública por meio do endividamento dos Estados, acentuando a concentração de renda.”

“A história dos últimos 40 anos desvela as raízes do déficit democrático. Aos neoliberais não interessa reduzir o tamanho do Estado, senão capturar suas forças para apoiar a difusão da concorrência em todas as esferas da vida.”

“Ao longo das últimas décadas, o acirramento da concorrência – esta é a alma da globalização – impôs às empresas de diversas origens a formação de joint-ventures e a busca de cooperação e de alianças estratégicas. Este movimento foi determinado fundamentalmente pelos custos de inovação e por exigências de escala relacionadas com a nova onda de progresso técnico – telecomunicações, informática,  microeletrônica e automação industrial, química fina – de rápida difusão desde os anos 80.”

“Na mídia impressa e na eletrônica, as matérias de negócios e economia disseminam os fetiches dos mercados financeiros embuçados na linguagem do saber técnico e esotérico. Qual bonecos de ventríloquo, os comunicadores “falam” a língua articulada conforme as regras gramaticais dos mercados. Assim, o capitalismo investido em sua roupagem financeira cumpre a missão de “administrar” a constelação de significantes à procura de significados, submetendo os cidadãos-espectadores aos infortúnios da domesticação e da homogeneização, decretados pelo “coletivismo de mercado”.”

“Em uma sociedade que celebra o ideal de ganhar dinheiro, é fácil inferir que os interesses do sistema financeiro são os mesmos que os do país, e os “vencedores” do setor sabem melhor do que os funcionários públicos de carreira. As falácias desta nova crença são por demais conhecidas e não paga a pena rebobinar os argumentos para passar filme velho. Mas é sem dúvida impressionante o número de convertidos que se tornaram fanáticos do laissez-faire.”

“No âmbito da economia doméstica, o ato individual de poupar a partir de uma renda já criada é pré-condição para a acumulação de riqueza. Na esfera macroeconômica, para o conjunto da economia, a formação da renda (e a posterior decisão de poupar) depende do ânimo de gastar dos empresários, sancionado pela disposição do sistema de crédito em abrir mão da liquidez.”

“Foi descoberto (com oito décadas de atraso) e reconhecido pelo Fórum Econômico Mundial que a propensão a consumir nas rendas mais altas é significativamente inferior do que nas rendas mais baixas, que tendem a gastar tudo que recebem. Quando uma parcela crescente da renda nacional se dirige aos ganhos de capital, a demanda pode enfraquecer e, com ela, o investimento.”

Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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