O mercado financeiro mostrou vigor nesta sexta-feira (26), com o principal índice da bolsa brasileira interrompendo a sequência de quedas recentes e registrando um avanço sólido. Esse movimento foi impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo dados de gastos do consumidor nos Estados Unidos, a inflação medida pelo IPCA 15 no Brasil e os balanços positivos da Microsoft e da Alphabet, que beneficiaram as ações de tecnologia globalmente.
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Inflação nos EUA traz alívio aos investidores
O destaque do dia foi o Personal Consumption Expenditures (PCE), índice que mede os gastos da população americana. Após preocupações geradas pela prévia do indicador, os investidores foram aliviados com o dado final, que manteve a inflação dos consumidores em 0,3% de avanço em março em relação ao mês anterior.
Embora o resultado dos últimos 12 meses tenha ficado ligeiramente acima do esperado, a percepção prevalecente é de que a inflação nos EUA parece estar sob controle, facilitando a previsão de preços e possivelmente permitindo cortes de juros pelo Federal Reserve no segundo semestre.
Resultados corporativos
Os sólidos balanços da Alphabet e da Microsoft contribuíram para manter o otimismo em relação às empresas de tecnologia. As ações da Alphabet, controladora do Google, subiram cerca de 10%, enquanto as da Microsoft registraram um avanço mais modesto, em torno de 2%.
Esse desempenho positivo refletiu nos índices do mercado acionário dos EUA, com o Dow Jones subindo 0,4%, o S&P 500 avançando 1% e o índice Nasdaq, de tecnologia, subindo 2%.
Bolsa brasileira acompanha tendência internacional
O Ibovespa também teve um dia de valorização, subindo 1,5% e voltando a fechar acima dos 126.500 pontos, alcançando sua maior marca desde 11 de abril. Embora parte desse impulso tenha vindo do exterior, o IPCA 15 do Brasil, considerado uma prévia da inflação oficial, contribuiu para o sentimento positivo ao desacelerar em relação ao mês anterior, aliviando preocupações sobre uma aceleração nos preços.
Apesar do alívio com os indicadores econômicos, a decisão do Copom sobre o próximo corte na Selic permanece em aberto, com os riscos internos ainda presentes, principalmente relacionados às contas públicas, governabilidade e ao comportamento do dólar. No entanto, a melhora do humor em relação à inflação e aos juros nos EUA pode influenciar as próximas decisões do Banco Central brasileiro.
Dólar fecha em queda
Para encerrar o dia, o dólar teve uma forte queda em relação ao real, registrando uma desvalorização de 0,9% e fechando a R$5,11. Esse movimento também reflete a confiança do mercado após os indicadores econômicos divulgados.