O Nubank foi notificado nesta segunda-feira (10) pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) para explicar as contas invadidas de clientes e as medidas tomadas pelo banco.
Desde o Carnaval, o ex-queridinho tem perdido gradualmente sua popularidade entre os jovens. As reclamações são muitas, mas principalmente ligadas a falta de assistência em casos de roubo, furto, clonagem ou invasão do aplicativo.
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A humorista Dani Calabresa, que toca o Cat BBB na Globo, processa o banco após ser vítima de um golpe de WhatsApp, que lhe custou R$ 205 mil, segundo coluna de Rogério Gentile, no Uol.
Soraia Marioti publicou no Linkedin que seu pai idoso perdeu R$ 150 mil em um ataque hacker em fevereiro.
Esse é o caso de hackers no aplicativo, que não precisam roubar ou clonar seu cartão para fazerem pix e empréstimos em seu nome, como aconteceu com o pai de Marioti. O Nubank já entrou em contato com a família e seguirão resolvendo a situação fora das redes sociais.
No Reclame Aqui, são mais de 30 mil reclamações apenas nos últimos 6 meses.
As reclamações são normalmente respondidas, mas no caso de atividades criminosas as respostas não variam muito: ou o banco diz que conversou com o usuário pelo e-mail e o assunto foi resolvido ou diz que “essas transações mencionadas foram realizadas através do seu aparelho XXX, autorizado desde o dia XX/XX/XXX e que passou pelo procedimento de reconhecimento facial em XX/XX/XXXX”.
E conclui “por conta disso, afirmamos que não há indícios de invasão em sua conta e que não será possível realizar quaisquer reembolso dessas transações”.
Ou seja, caso a transação seja realizada pelo aparelho cadastrado e autorizado, não há como conseguir um reembolso.
O Idec reafirmou que a obrigação de arcar com esses custos é do Nubank
“O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) obriga o fornecedor a responder pela reparação dos danos causados às pessoas consumidoras pelos defeitos decorrentes da prestação de seus serviços. Desta maneira, é responsabilidade do banco garantir a qualidade e segurança do serviço oferecido, arcando com eventuais prejuízos”, disse Fábio Machado Pasin, advogado do Programa de Serviços Financeiros do Idec.
O roxinho emitiu uma declaração, afirmando que a “segurança é uma prioridade desde o primeiro dia”:
“Reafirmamos o nosso compromisso com a proteção dos nossos mais de 70 milhões de clientes, mantendo uma vigilância constante sobre a utilização dos nossos serviços, incluindo o desenvolvimento de ferramentas de proteção para ajudar os usuários na prevenção e inibição de golpes”, disse o banco.
Atualmente, o banco tem 3 funções de segurança, o Modo Rua — que limita o valor das transações em endereços não seguros —, as Defesas Inteligentes e o Alerta de Golpe, ambos geridos por inteligência artificial para tentar evitar comprar irregulares e transferências para contas fraudulentas.
No Reclame Aqui há reclamações sobre golpes com o Modo Rua ativado, mas em todos os posts analisados pelo Monitor do Mercado, o atendimento do Nubank fez o estorno para o cliente.
Imagem: divulgação










