Nesta quarta-feira (03), o foco internacional está na divulgação da ata da reunião de dezembro do Federal Open Market Committee (FOMC), que manteve as taxas de juros entre 5,25% e 5,50%. A divulgação às 16h trará detalhes que ajudarão a moldar as projeções do mercado para cortes de juros em 2024. Além disso, a agenda dos EUA traz indicadores como o ISM manufaturas de dezembro e o relatório de empregos Jolts, às 12h. O presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, participa de evento às 10h30.
Os mercados internacionais apresentam variações, com o S&P 500 futuro recuando 0,2%, Stoxx Europe caindo 0,6%, e o Shanghai fechando em alta de 0,2%. O rendimento dos treasuries estende alta, com o yield de 10 anos atingindo 3,976%. O petróleo WTI e Brent registram ligeira queda, enquanto o Bitcoin avança 0,4% a US$ 45,322,39.
Às 22h45, a China informará o PMI composto Caixin de dezembro. O petróleo apresenta queda leve, enquanto o minério de ferro tem nova alta em Singapura, chegando a US$ 142,6 a tonelada, impulsionado por estímulos econômicos e reabastecimento antes do feriado do Ano Novo lunar.
Mercado brasileiro
No Brasil, o dia é marcado por uma agenda mais tranquila, com destaque para a divulgação de dados do setor externo pelo Banco Central. Ao longo da semana, estão previstas a divulgação de dados de operações de crédito de novembro, vendas de veículos da Fenabrave de dezembro e a produção industrial de novembro.
O primeiro pregão de 2024 registrou o dólar subindo 1,3%, a R$ 4,91, e o Ibovespa caindo 1,11% para 132.697 pontos. A aversão ao risco global, após o rali no final de 2023 e na expectativa de dados do mercado de trabalho dos EUA, influenciou esses resultados. O Congresso nacional, ministro da Fazenda e presidente do Banco Central permanecem em recesso.
Empresas em foco
A nova carteira teórica do Ibovespa, em vigor desde ontem, destaca a entrada da ISA Cteep #TRPL4, sem exclusões. A Eletrobras acionou o STF para derrubar liminares que suspenderam a assembleia de incorporação de Furnas. A B3 cancelará o registro de listagem da Inepar em 30 de janeiro. Paulo Kakinoff, ex-presidente da Gol, assumiu como CEO da Porto Seguro.
Panorama nacional e internacional
No cenário internacional, a Bolsa de Valores brasileira enfrentou uma queda de mais de 1% na segunda-feira (01), alinhando-se à tendência global de declínio. A incerteza persiste sobre a consolidação ou retomada do mercado nos próximos dias. A relação entre os poderes Executivo e Legislativo no Brasil é um ponto crucial a ser monitorado, enquanto a expectativa de redução das taxas de juros nos EUA influencia o mercado de commodities.
Os futuros indicam continuidade do movimento de queda, com a abertura do pregão na Ásia e Europa mostrando um mercado mais pesado. Nos próximos dias, a atenção permanecerá voltada para a evolução do debate entre os poderes legislativo e executivo no Brasil, além das repercussões das condições globais nos investimentos. Investidores devem analisar com cautela os movimentos, considerando possíveis realizações de lucros e as incertezas presentes no cenário internacional e nacional.
Imagem: Piqsels