O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje um corte na taxa de juros de 0,25 pontos percentuais. A decisão era amplamente aguardada pelo mercado e gerou um impacto positivo no índice Ibovespa, que subiu 1,23%, fechando aos 122.900 pontos. Este movimento reverteu a tendência de quedas observadas nos últimos dias.
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Bancos e Commodities impulsionam alta
Os principais responsáveis pela alta no Ibovespa foram as ações de grandes bancos e empresas do setor de commodities, como Petrobras e Vale. O setor de commodities geralmente é sensível a mudanças nas taxas de juros globais, uma vez que estas afetam a demanda e os preços das matérias-primas.
Mercado americano mantém expectativas de corte de juros
Nos Estados Unidos, os índices apresentaram um desempenho mais modesto. O Dow Jones subiu 0,17%, enquanto o S&P 500 e a Nasdaq tiveram leves quedas. Investidores americanos continuam atentos à possibilidade de o Federal Reserve (Fed) iniciar um ciclo de cortes de juros em setembro, em resposta ao recente esfriamento no mercado de trabalho. Amanhã será divulgado o relatório de emprego (Payroll), um dos principais indicadores econômicos que pode influenciar a decisão do Fed.
Reação do euro e expectativas na Europa
O euro reagiu inicialmente com alta às declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, que reforçou a confiança na trajetória futura para alcançar a estabilidade de preços, apesar da inflação ainda estar acima da meta de 2%. No entanto, a moeda europeia fechou com uma alta modesta de 0,06%.
Desempenho de setores sensíveis aos juros
No Brasil, setores sensíveis às taxas de juros, como construção civil e varejo, registraram fortes ganhos. Empresas como MRV e Direcional Engenharia subiram entre 4% e 5%, enquanto Lojas Renner e Magazine Luiza avançaram aproximadamente 4%. A queda nos juros futuros no Brasil contribuiu para este movimento positivo.
Dólar recua frente ao real
O dólar caiu em relação ao real, fechando cotado a R$ 5,25. Este movimento foi impulsionado pela queda nos juros futuros brasileiros, em contraste com a estabilidade das taxas nos EUA. A moeda americana tem oscilado devido a incertezas fiscais e à expectativa de sucessão na presidência do Banco Central do Brasil.