A Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) está em uma fase crucial de debate sobre um novo Projeto de Lei (PL 1510/2023), que propõe alterações significativas nas políticas de isenção de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Esta medida afetaria diretamente os veículos híbridos, movidos a hidrogênio ou etanol, trazendo novas dinâmicas para o mercado automotivo do estado.
O ponto de controvérsia mais significativo do projeto é a exclusão dos carros 100% elétricos da lista de beneficiários dessa isenção de IPVA. Isso desperta debates, pois o crescimento na comercialização destes veículos mostrou uma tendência crescente em resposta à demanda por soluções mais sustentáveis em mobilidade.
O foco do projeto de lei do IPVA
O PL em questão visa fornecer isenção de IPVA para algumas categorias específicas de veículos. A lista inclui ônibus e caminhões que se movem exclusivamente por hidrogênio ou gás natural, incluindo biometano, prevista para vigorar entre 2024 e 2028. Também abrange veículos automotores híbridos com motores elétricos e a combustão movidos a etanol, com o limite de valor estipulado em até R$ 250 mil, aplicável entre 2024 e 2025.
Por que os veículos elétricos foram excluídos da isenção de IPVA?
Embora o projeto privilegie veículos que ainda dependem parcialmente de combustíveis fósseis ou biomassa, como o etanol, ele exclui completamente os veículos que dependem inteiramente de eletricidade. Essa escolha legislativa gera controvérsias, principalmente porque os veículos elétricos são reconhecidos por sua eficiência e zero emissão de poluentes, alinhando-se diretamente com os objetivos globais de descarbonização.
Qual os impacto de não incluir os veículos elétricos na isenção de IPVA?
A decisão de não incluir veículos totalmente elétricos na isenção do IPVA pode influenciar diretamente as decisões de compradores potenciais e fabricantes, retardando possivelmente o progresso em direção a uma infraestrutura de mobilidade totalmente sustentável em São Paulo. Isso, por sua vez, pode afetar os esforços de redução de emissão de carbono não apenas no estado, mas em todo o país.
Com os debates ocorrendo esta semana, espera-se que mais informações e talvez novas emendas ao projeto sejam propostas na ALESP, sob a crescente pressão pública e a tendência global crescente de adoção de veículos elétricos. A comunidade está atenta, aguardando as resoluções finais, para entender melhor como São Paulo posiciona-se em termos de políticas de mobilidade verde.