Na última sexta-feira (10) o Silicon Valley Bank (SVB), o banco das startups nos Estados Unidos, anunciou sua falência após uma sequência de perdas. Os consecutivos aumentos nas taxas de juros, para domar a inflação, pressionaram o banco.
As taxas de juros elevadas, provocaram a corrosão dos títulos de longo prazo do SVB que é considerada o “Banco das Startups”. Boa parte da carteira de ativos da empresa é composta por títulos de dívida dessas empresas inovadoras.
A carteira de títulos do banco já apresentava, em média, baixo rendiment de cerca de 1,79%. O valor é abaixo do atual rendimento dos títulos do Tesouro americano de 10 anos, que é de aproximadamente 3,9%.
E para piorar a situação do SVB, com o aumento do capital de risco, as empresas do Vale do Silício se sentiram na obrigação de retirar os fundos mantidos junto ao banco, piorando a situação da financeira da empresa que já não estava em um bom momento.
O banco se viu soterrado por consecutivas perdas não realizadas em títulos no mesmo momento em que seus principais clientes aumentavam o ritmo de saques. Os investidores do SVB estão preocupados com a possibilidade dos clientes retirarem seus depósitos da instuição em favor de títulos de dívida de curto prazo, que estão oferecendo maior retorno.
Apesar disso, o UBS acredita que a situação é gerenciável e que as regras mais rígidas de liquidez desde a crise financeira de 2008 devem ajudar a evitar uma crise generalizada.
A Oanda Currency, entretanto, acredita que a falência deve pressionar as techs, já que o banco era um dos principais credores no Vale do Silício.
“Refinanciamento de startups e de dívidas são alguns dos maiores riscos financeiros que os traders estão analisando, mas essa pressão sobre os pequenos bancos parece que deve permanecer contida e não pesar sobre os grandes bancos”, afirmou o analista Edward Moya em relatório.
O Goldman Sachs encarou a falência do SVB como um alerta para que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) não aumente o ritimo de altas das taxas de juros.
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