No mês de abril e maio de 2024, o Rio Grande do Sul foi palco de inundações devastadoras que deixaram marcas profundas em sua economia. Os municípios mais afetados viram uma redução drástica na quantidade de empregos formais, com a porcentagem variando entre 84% e 92% dos postos afetados, segundo dados recentes divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo destaca não só a perda de empregos mas também os danos a cerca de 23,3 mil estabelecimentos privados, representando 9,5% do total nessas localidades. Tais números dão uma ideia da magnitude da crise enfrentada pelos gaúchos, impactando significativamente a economia local.
Qual foi a extensão do prejuízo?
Entre os municípios mais prejudicados, Eldorado do Sul, Roca Sales e Muçum oscilam entre 74% e 82% de estabelecimentos privados diretamente atingidos. Porto Alegre, a capital do estado, também sentiu o golpe com 27% dos seus estabelecimentos e 38% dos postos de trabalho formais afetados pelas inundações.
Como as inundações afetaram a infraestrutura econômica?
Além da perda direta de empregos e danos aos estabelecimentos, o impacto das inundações vai além. Segundo o Ipea, mesmo aqueles não diretamente atingidos sofreram repercussões, afetando fornecedores, consumidores e a infraestrutura de escoamento essencial para o funcionamento da economia local. Isso sugere uma crise que se estende da zona de impacto inicial, exigindo atenção e medidas de suporte extendido.
Métodos de coleta de dados e importância do estudo
O estudo do Ipea utilizou dados do eSocial para analisar o impacto das enchentes em abril de 2024, afetando 243,7 mil estabelecimentos privados e 2,45 milhões de empregos formais em 418 municípios. Essa precisão foi crucial para entender a verdadeira dimensão dos danos.
Este levantamento não apenas quantifica os prejuízos, mas também destaca a vulnerabilidade das áreas urbanas a eventos climáticos extremos. Ele ressalta a urgência de políticas de prevenção e planejamento mais robustas para mitigar futuras catástrofes naturais.
Embora a recuperação possa ser lenta, é imperativo desenvolver um plano estratégico abrangente, tanto local quanto nacionalmente, para reconstruir e fortalecer as áreas impactadas. O estudo do Ipea é essencial para avaliar a extensão dos danos e implementar medidas eficazes de recuperação e prevenção.