As joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que vieram da Arábia Saudita para o Brasil no governo Jair Bolsonaro estão dando dor de cabeça para o ex-presidente e a ex-primeira-dama, Michelle. A facilidade, entretanto, de transportar milhões de reais em pequenas peças traz à tona a discussão sobre o uso de joias como investimentos.
A prática é comum há séculos e tem força pela independência em relação ao mercado financeiro. Mas será que essa é uma boa opção para proteger seu patrimônio da inflação? De acordo com especialistas em investimentos e finanças, existem outros investimentos que podem ser mais eficazes nessa tarefa.
Antes de mais nada, é preciso lembrar que a inflação acumulada em 2022, no Brasil, foi de 5,78%, de acordo com o IBGE.
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As joias, especialmente as de alto valor, podem ser um investimento atraente por sua durabilidade, raridade e história. Além disso, muitas pessoas veem as joias como uma forma de exibir seu status e estilo pessoal. No entanto, a avaliação e revenda de joias pode ser difícil e demorada, tornando esse investimento menos líquido do que outros.
Para proteger seu patrimônio da inflação, é importante considerar investimentos que possam manter seu valor ao longo do tempo.
Robert Kiyosaki, autor do best-seller sobre finanças pessoais “Pai Rico, Pai Pobre”, acredita que as joias não são um bom investimento, já que sua valorização é influenciada por fatores subjetivos, como moda e cultura.
Outro autor de livros de finanças, Jim Rickards, já falou publicamente que o ouro é uma melhor opção do que as joias como reserva de valor, pois é um ativo mais líquido e amplamente negociado nos mercados financeiros globais.
Veja, abaixo, quatro exemplos de investimentos que podem ser mais eficazes do que as joias, levantados pelo Monitor do Mercado:
- Imóveis: Investir em propriedades é uma opção popular para proteger o patrimônio da inflação. Imóveis têm um histórico de aumento de valor ao longo do tempo, além de oferecerem renda passiva através de aluguéis. No entanto, o mercado imobiliário pode ser volátil e exigir um alto investimento inicial.
- Ações: Investir em ações pode ser uma opção lucrativa, desde que você esteja disposto a assumir algum risco. As ações de empresas sólidas podem crescer a longo prazo e oferecer dividendos aos investidores. No entanto, o mercado de ações pode ser volátil e os preços das ações podem flutuar rapidamente.
- Fundos imobiliários: Fundos imobiliários são investimentos que combinam o potencial de crescimento do mercado imobiliário com a diversificação e liquidez de ações. Esses fundos investem em propriedades comerciais, como escritórios e shoppings, e pagam dividendos aos investidores com base no aluguel dessas propriedades. Os fundos imobiliários são uma opção mais acessível do que investir diretamente em imóveis, mas ainda podem apresentar volatilidade.
- Ouro: O ouro é um ativo tangível que tem sido utilizado como reserva de valor há milhares de anos. Como as joias, o ouro tem uma durabilidade e raridade intrínseca, mas é mais líquido do que as joias e pode ser mais fácil de avaliar e vender. Além disso, o ouro tem um histórico de manter seu valor durante períodos de inflação e incerteza econômica.
Embora as joias possam ser uma opção atraente como investimento, é importante considerar outras opções que possam proteger melhor o patrimônio da inflação.
Imóveis, ações, fundos imobiliários e ouro são apenas algumas das opções disponíveis para os investidores.
Imagem: Reprodução