Analistas do Rabobank afirmam que mesmo após a invasão da Ucrânia pela Rússia ter completado um ano no último dia 24 de fevereiro, os desdobramentos do conflito ainda impactam os preços do petróleo, que inicialmente disparou com o início da guerra e foi perdendo ímpeto à medida que cresciam os temores de uma recessão na Europa e nos Estados Unidos.
Desde o final de novembro, os preços dos contratos futuros de petróleo seguem uma estabilidade enquanto se equilibram entre os temores de recessão nos países que compõem a União Europeia e um dólar contra, contra uma oferta apertada e o crescimento da demanda com a reabertura da China.
“Os muros que se ergueram entre a Europa e a Rússia levará uma década ou mais para caírem. A Europa fez tudo o que estava ao seu alcance para garantir o gás natural e produtos refinados de outras fontes”, diz o banco em seu relatório.
Além da previsão de alta de 0,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia em 2023 projetada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), o Rabobank também cita que as exportações de petróleo do país subiram vertiginosamente para seus principais aliados: China, India e Turquia.
“Do lado da oferta de petróleo, os Estados Unidos não podem vir para o resgate sozinhos, pois eles estão perdendo capacidade de refino enquanto as empresas americanas de exploração e produção estão relutantes em investir em novos poços, exploração e perfuração”, afirma o relatório.
Segundo o Rabobank, à medida que a China reabre de suas políticas contra a covid-19 é provável que os preços do gás subam, sobretudo a partir do segundo semestre.
“Esperamos que os preços do JKM permaneçam acima do TTF e empurrem mais fluxos para o leste do Canal de Suez. Nos níveis de preços atuais em torno de 40-50 euros, esperamos que a demanda industrial e de consumo europeia volte a crescer no próximo trimestre”, conclui o relatório.
Darlan de Azevedo / Agência CMA
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