A possível vitória de Donald Trump nas próximas eleições presidenciais dos Estados Unidos fez os índices futuros americanos subirem na última semana. O S&P 500, índice que contém as 500 maiores empresas dos EUA, subiu 0,86%.
O movimento também foi impulsionado pela expectativa de cortes de impostos e de taxas de juros mais baixas pelo novo governo. Entretanto, essa perspectiva dovish (favorável à redução das taxas de juros) do Federal Reserve (Fed) preocupa alguns investidores quanto à sustentabilidade fiscal dos EUA.
Bolsa brasileira
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, registrou 10 altas consecutivas, algo que não acontecia há muito tempo, fechando a semana com uma valorização de 2,08%, enquanto o IFIX, índice de fundos imobiliários, teve uma valorização de 0,85%.
As taxas de juros futuras no Brasil, medidas pelo DI 33, caíram 2,08%, e o dólar recuou 0,53%.
Agora, o mercado observa os resultados trimestrais das empresas, tanto nos EUA quanto no Brasil, têm mostrado força na economia americana e uma expectativa positiva para os resultados brasileiros.
Taxas de juros
No cenário doméstico, a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, continua estável em 10,50%, com a curva de juros futuros precificando uma possível alta de 0,25% até o final do ano.
Nos EUA, com a possível vitória de Trump, a expectativa de corte na taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed) em setembro chegou aos 100%, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group. A possibilidade de manutenção, que já era bem pequena (3,8%), zerou após os eventos do final de semana — principalmente pelo atentado contra o ex-presidente.
PIB da China
Na última semana, foi divulgado o PIB da China, que cresceu 4,7%, abaixo da expectativa de 5,1%. O dado pode refletir em empresas de mineração fortemente correlacionadas com o mercado chinês.
Agenda econômica
Na agenda nacional, tivemos o Boletim Focus, e aguardamos o IGP-10 e a balança comercial.
No cenário internacional, serão divulgadas as vendas no varejo dos EUA, CPI da zona do euro e a decisão de taxa de juros do Banco Central Europeu, além dos pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que têm causado movimentações significativas no mercado.
Além disso, o presidente do Fed, Jerome Powell, falará, o que pode influenciar as expectativas de cortes de juros até o final das eleições americanas.









