O índice de preços de gastos com consumo (PCE) subiu 0,1% em junho em comparação com maio, em linha com o consenso do mercado financeiro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (26), pelo Escritório de Análises e Econômicas (BEA, na sigla em inglês). O indicador é a medida de inflação preferida do Federal Reserve (Fed) para definir os rumos da política monetária.
Na comparação anual, o PCE registrou um aumento de 2,5%, também conforme o esperado. Já o núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como energia e alimentos, subiu 0,2% em junho, seguindo as expectativas do mercado e acima dos 0,1% registrados no mês anterior. Na base anual, o núcleo do PCE aumentou 2,6%, mantendo-se estável em relação ao mês anterior e alinhado com as previsões dos economistas.
Fed precisará de novos dados de desinflação
Ainda que os novos dados do PCE tenham alcançado as expectativas do mercado, o Federal Reserve ainda precisará de mais evidências de desinflação antes de considerar cortes na taxa de juros, segundo análise do banco canadense, CIBC Economics.
A instituição observou que o núcleo da inflação PCE nos últimos três meses caiu para 2,3% em ritmo anualizado, indicando uma tendência favorável ao retorno à meta de 2% estabelecida pelo Fed. No entanto, revisões para cima em meses anteriores sugerem que os dirigentes do banco central americano precisarão de mais confirmações antes de ajustar a política monetária.
Renda pessoal cresce em ritmo lento
Em junho, a renda pessoal dos americanos cresceu 0,2%, o que representa um aumento de US$ 50,4 bilhões (R$ 284,4 bilhões). Esse crescimento foi inferior ao registrado no mês anterior, que foi de 0,5%, e também abaixo das expectativas do mercado, que previam um aumento de 0,4%.
Por outro lado, os gastos com consumo subiram 0,3%, equivalentes a um acréscimo de US$ 57,6 bilhões (R$ 325 bilhões) em junho. Esse valor supera o aumento de 0,2% observado no mês anterior e está de acordo com as expectativas do consenso do mercado.
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