A Microsoft (MSFT) registrou um lucro líquido de US$ 22 bilhões (R$ 124,3 bilhões) no segundo trimestre de 2024, representando um crescimento de 10% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela big tech nesta terça-feira (30) após o fechamento do mercado.
O lucro diluído por ação ficou em US$ 2,95 (R$ 16,67), superando levemente o consenso de analistas do mercado, que era de US$ 2,94 (R$ 16,64) por ação.
O resultado fez com que a Microsoft sofresse durante o after hours em Nova York nesta terça-feira. Às 17h35, a ação da empresa caía 5,47%. Nesta quarta-feira, a empresa ampliou as quedas, desvalorizando 1,13% por volta das 11h30.
Receita da Microsoft cresce acima do esperado
A receita da big tech alcançou US$ 64,7 bilhões (R$ 365,71 bilhões) no trimestre, um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro operacional da empresa foi de US$ 27,9 bilhões (R$ 157,7 bilhões), um avanço de 15% na comparação anual.
Crescimento do Azure e investimentos em IA
A plataforma de nuvem Azure, uma das principais apostas da Microsoft, registrou um crescimento de 29% em receita na comparação anual. Apesar desse aumento significativo, o resultado ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que previam um crescimento de 30,2% para o período.
Os investimentos da Microsoft em inteligência artificial (IA) cresceram expressivamente, totalizando US$ 13,9 bilhões (R$ 78,5 bilhões) no trimestre, aumento de 55%. Esses investimentos foram destinados principalmente à construção de novos centros de dados, essenciais para sustentar o avanço da inteligência artificial e da computação em nuvem.
Segundo o sócio da Arbor Capital, Matheus Popst, a Microsoft está indo na contramão de Meta e Google, e não indica que pausará as despesas de capitais. Além disso, a empresa não tem dúvidas sobre investimentos em IA.
“Ainda que a Microsoft esteja vendo receita real (8 pontos de crescimento da Azure vindo de IA), eles tem acesso privilegiado aos segredos de indústria da OpenAI. Uma coisa que pode se especular é se a aceleração do crescimento da Azure na segunda metade do ano fiscal não esteja ligada ao possível lançamento do GPT-5 no final do ano”, afirma Popst.
Imagem: Josep Lago/AFP