O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, nesta “super quarta” (31), a taxa de juros do país, a taxa Selic, em 10,50%. A decisão do Comitê foi unânime.
Segundo os membros, o principal motivo segue sendo o mesmo: o ambiente externo adverso, impactados principalmente incerteza em relação ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos, “que segue exigindo cautela por parte de países emergentes” — como o Brasil.
“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”, diz o relatório.
Dessa forma, a quinta reunião do Copom no ano se alinha com as projeções dos especialistas. O mercado espera que a Selic encerre da maneira que está, em 10,50%, segundo o Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (29).
Pesquisa pré-Copom
Segundo a pesquisa pré-Copom de julho realizada pelo BTG Pactual, 84% dos entrevistados acreditam que a Selic será mantida sem divergências no colegiado.
Entre os participantes da pesquisa do BTG estão gestores de carteiras, “traders”, economistas e estrategistas de instituições financeiras, que responderam de forma anônima aos questionamentos. Deste grupo, cerca de 10% esperam uma manutenção da taxa, mas com discordância entre os membros do comitê.
Índice de precificação da Selic
Nesta semana, o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), produzido pela Equus Capital, calculou 99,6% de probabilidade de manutenção da Selic.
Como a Selic afeta meus investimentos?
A taxa Selic é conhecida como a taxa básica de juros, influenciando diretamente a economia do país e a vida das pessoas, e serve, principalmente, para controlar a inflação do país.
Quando a taxa aumenta, ajuda a desacelerar a economia e controlar a inflação. Quando a taxa cai, a economia aquece e estimular o consumo no mercado.
A Selic também responde à porcentagem de juros que deve ser paga aos bancos quando você realiza um financiamento ou empréstimo. Além disso, ela está diretamente relacionada aos investimentos de renda fixa, impactando no valor que um investidor vai receber por algum título que adquiriu.