A São Martinho divulgou ontem o balanço do terceiro trimestre da safra 2022/2023, com lucro líquido foi de R$ 429,7 milhões, queda de 38,3% em relação ao mesmo período do ano passado. O ebitda ajustado totalizou R$ 774,9 milhões, recuo de 13,2%, com margem EBITDA Ajustado de 50,5%.
“A variação no período reflete, principalmente, o menor preço médio de comercialização do etanol (-15,7%) no mercado doméstico parcialmente compensado pelo prêmio de exportação do combustível”, destacou a companhia.
Em 31 de dezembro de 2022, as fixações de preço de açúcar para a safra 22/23 totalizavam 349 mil toneladas, a um preço de R$ 2.509/ton1. Para a safra 23/24, as fixações totalizavam 533 mil toneladas de açúcar (entre 50% e 60% da cana própria, dependendo da produção da próxima safra) a um preço de R$ 2.316/ton.
O EBIT Ajustado somou R$ 357,2 milhões no 3T23 (-35,8%), com margem de 23,3%, e o lucro caixa alcançou R$ 405,8 milhões, queda de -36,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O CPV caixa registrado no 3T23 somou R$ 623,9 milhões, 11,6% superior ao mesmo período da safra anterior, em decorrência, principalmente, da menor produção prejudicando a diluição dos custos fixos, e variação no preço de insumos, notadamente diesel, fertilizantes e defensivos agrícolas. No acumulado da safra, o CPV caixa totalizou R$ 2.072,3 milhões (+26,1% frente a 9M22) reflexo dos mesmos impactos que afetaram o trimestre.
Comparado com o 9M22, o CPV em milhares de reais (considerando açúcar e etanol excluindo as operações de revenda do combustível) apresentou aumento de 23,3% no período, equivalente a 24,7% em valores unitários (CPV/Kgs ATR).
O fluxo de caixa operacional totalizou R$ 1,28 bilhão no 9M23, queda de 4,2% em relação ao 9M22.
O resultado financeiro totalizou uma despesa de R$ 273,4 milhões (+106% vis-à-vis 3T22), e para o acumulado dos nove meses da safra a rubrica totalizou uma despesa de R$ 745,8 milhões (+140% vs. 9M22). O principal impacto do aumento das despesas ao longo da safra foi resultado da marcação a mercado dos derivativos (sem efeito caixa) que transformam (SWAP) a parcela da dívida em dólar e pré-fixada em indexação ao CDI.
Em dezembro/2022, a dívida líquida totalizou aproximadamente R$ 3,9 bilhões – aumento de 36,8% em relação a março/2022. O aumento do endividamento líquido no período reflete, principalmente, maior capital de giro no período, além dos investimentos em fase de conclusão.
Emerson Lopes / Agência CMA
Imagem: divulgação
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