No segundo trimestre deste ano, os grandes bancos brasileiros de capital aberto: Itaú (ITUB4); Bradesco (BBDC4); Banco do Brasil (BBAS3); e Santander (SANB11) somaram um lucro líquido de R$ 27,5 bilhões. Na comparação anual, houve uma alta de 13,4%.
O resultado entre abril e junho foi puxado pelo desempenho do Itaú, que registrou um lucro recorde acima dos R$ 10 bilhões. O Banco do Brasil, também teve grande influência no resultado, com um lucro líquido de R$ 9,5 bilhões, com alta anual de 8,2%.
Lucro recorde do Itaú
O Itaú, maior banco da América Latina, superou as expectativas e registrou um lucro recorde no valor de R$ 10,072 bilhões no segundo trimestre.
Os números divulgados na terça-feira (6) representam uma alta de 3,1% em relação aos três primeiros meses do ano. Na comparação com o mesmo período de referência em 2023, o banco registrou um aumento de 15,2%.
Segundo análises do BTG Pactual, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) impressionou atingindo 23,6%.
Margem financeira com forte alta
Entre os quatro principais bancos, três deles fecharam o segundo trimestre com uma margem financeira (que reflete os ganhos com operações que rendem juros) sólida. Em percentual, o crescimento mais modesto foi do Itaú, com alta de 6,4% em 12 meses, para R$ 27,6 milhões.
No Banco do Brasil, a margem financeira foi de R$ 25,5 bilhões no segundo trimestre, um crescimento de 11,6% em um ano.
No Santander, a margem financeira, foi de R$ 14,7 bilhões, alta de 10,6% em um ano.
Entre abril e junho, somente o Bradesco viu a sua margem financeira total cair, cerca de 5,9% na comparação anual, para R$ 15,6 bilhões.
Lucro semestral cresce 12,9%
Ao somar os lucros do primeiro semestre, os quatro maiores bancos de capital aberto do país chegam a uma marca de R$ 53,9 bilhões, uma alta anual de 12,9%.
Os resultados foram puxados pela queda de 4,9% nas despesas com provisões, que somaram R$ 60,9 bilhões na primeira metade de 2024.
Além disso, o impulso aos resultados veio da queda do custo de crédito da maior parte das instituições, fator que deve gerar uma aceleração nas concessões na segunda metade do ano.
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