A “grande rotação” no mundo dos investimentos começou lá nos Estados Unidos, com a venda das ações de empresas gigantes de tecnologia (Nvidia, Amazon e Google), após uma forte alta impulsionada pela inteligência artificial no primeiro semestre, e compra de ações de empresas em setores menores e diferentes nos Estados Unidos, em julho.
Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, mostra que no Brasil, mesmo passando desapercebido por muitos, o movimento foi espelhado. Os caminhos do dinheiro são explorados no último episódio do podcast Ligando os Pontos.
Veja o novo episódio:
Reorganização dos investimentos no Brasil
Enquanto o foco dos investidores brasileiros estava na alta do dólar e na dificuldade do Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, de romper a barreira dos 130.000 pontos, as dinâmicas internas do mercado foram pouco observadas. No entanto, os índices setoriais mostram que houve uma reorganização nas apostas.
O Índice Imobiliário (IMOB), que foi o oitavo colocado no ranking de rentabilidade no primeiro semestre, tornou-se o líder em julho, com um ganho de 7%. Em contraste, o Índice de Maiores Empresas (MLCX), que estava em segundo lugar, caiu para o penúltimo. O movimento indica uma rotação para o setor imobiliário e de consumo, que são diretamente impactados pela expectativa de cortes nas taxas de juros.