O dólar comercial abriu em alta nesta segunda-feira (12), mas recuou 0,28%, sendo cotado a R$ 5,50 para venda. O movimento reflete o otimismo do mercado internacional, apesar da agenda econômica esvaziada no Brasil e nos Estados Unidos. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento em setembro de 2024 caiu 0,32%, cotado a R$ 5.505,500.
O Dollar Index, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de moedas estrangeiras, subia 0,08%, atingindo 103,23 pontos. Esse índice é um indicador importante que ajuda os investidores a entenderem a força do dólar em relação a outras moedas.
Cenário nacional
No cenário doméstico, as atenções se voltam para a retomada dos trabalhos na Câmara dos Deputados, com expectativas sobre o andamento da regulamentação da reforma tributária.
Também estão em pauta as compensações pela desoneração da folha de pagamentos e as dívidas dos estados, temas que podem impactar diretamente o ambiente econômico e as projeções do mercado.
Além disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, farão discursos no evento Warren Day, em São Paulo, ainda hoje.
As falas dos dois líderes econômicos são aguardadas com interesse, pois podem fornecer insights sobre as direções futuras da política monetária e fiscal do país.
Projeções do Boletim Focus: inflação e selic
O Boletim Focus, divulgado nesta manhã pelo Banco Central, trouxe revisões nas expectativas para a inflação e a taxa Selic em 2024 e 2025.
Segundo a pesquisa, as instituições financeiras aumentaram a projeção de inflação para 2024, de 4,12% para 4,20%. Para 2025, a previsão caiu ligeiramente de 3,98% para 3,97%.
A taxa Selic, atualmente em 10,50% ao ano, deve permanecer nesse nível até o final de 2024, de acordo com o Focus. Para 2025, a previsão para a Selic está em 9,75%, mostrando que o mercado não espera cortes significativos no próximo ano.
As estimativas para a taxa de câmbio permaneceram estáveis, com o dólar projetado a R$ 5,30 tanto para 2024 quanto para 2025. Essas previsões são fundamentais para investidores que monitoram o comportamento do câmbio e o impacto potencial nas suas carteiras.
Grupo CMA
Imagem: Piqsels