O “ge” conversou com os organizadores dos famosos mosaicos que encantam a torcida do Botafogo para entender como funcionam essas grandiosas celebrações e quem financia todo esse trabalho. Vamos mergulhar nos detalhes destas ações apaixonadas.
Cada mosaico que ocupa o Setor Leste do estádio Nilton Santos utiliza mais de 22 mil placas, e não são gratuitos. Toda a produção depende da boa vontade dos torcedores que, além de dinheiro, investem muito tempo e dedicação. Do conceito à organização final, todos os passos são cuidadosamente planejados para que tudo saia como esperado.
Quanto custa cada festa e quem paga a conta?
Quando a festa é grande, os custos também são. Em média, uma celebração completa custa cerca de R$ 25 mil. Contudo, este valor pode variar, dependendo de elementos como a quantidade de cores utilizadas.
Como é o processo de organização dos mosaicos?
O trabalho começa muito antes do dia do jogo. Cerca de sete dias são necessários para a concepção e instalação das placas. O processo é democrático, começando com uma coleta de ideias nas redes sociais e culminando em reuniões de um grupo de 30 pessoas que transformam essas ideias em realidade digital.
Quem são os principais organizadores?
A iniciativa partiu do coletivo “Movimento Ninguém Ama Como a Gente”, formado em 2017. O grupo, liderado por Fellipe Portella, não possui vínculo com torcidas organizadas, mas coopera com elas quando necessário. Hoje, mais de 100 pessoas estão envolvidas nas produções, incluindo profissionais de diversas áreas.
Exemplos de arrecadações e festas
- Jogo contra o Flamengo (Brasileirão 2023): R$ 65 mil – A festa mais cara até hoje.
- Jogo contra o Bahia e Palmeiras (2024): R$ 60 mil – A maior arrecadação de 2024.
- Jogo contra o Junior Barranquilla (Libertadores 2024): R$ 30 mil – Maior arrecadação para uma festa única.
Essas arrecadações são frequentemente feita online, e torcedores com mais condições financeiras são convidados a contribuir com valores mais altos, geralmente em situações pontuais.
Detalhes técnicos dos mosaicos
Lara di Mello, designer do grupo desde 2023, explica que o formato do mosaico evoluiu significativamente ao longo dos anos, chegando a um modelo ideal em termos de papel, impressão e luminosidade. A cada festa, desafios técnicos como o tipo de iluminação do estádio são levados em conta para garantir o melhor efeito visual.
A aliança entre profissionalismo e paixão
Embora o “Movimento Ninguém Ama Como a Gente” opere com um grau de profissionalismo, a paixão dos torcedores é o que realmente impulsiona cada realização. A colaboração com o clube Botafogo também cresceu, especialmente depois que o clube se tornou uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), investindo ainda mais nas festas e na interação com os torcedores.
Festa com toque especial: O caso do bandeirão 3D
A utilização de bandeirões 3D tem sido um diferencial nas festas do Botafogo. Recentemente, a estrutura foi reformada e agora permite a criação de bandeiras de até 60 metros de largura, o dobro do tamanho anterior. Essa evolução permitiu que as festas se tornassem ainda mais impressionantes e envolventes.
Evolução e impacto na experiência do torcedor
O Botafogo não mede esforços para melhorar a experiência dos seus torcedores. Em 2024, novas iluminações LED e efeitos especiais foram introduzidos para tornar cada jogo um verdadeiro espetáculo. O clube também criou uma área específica de relacionamento com o torcedor, inspirada no modelo do Grêmio, para garantir um ambiente seguro e inclusivo para todos.
Em resumo, o “Movimento Ninguém Ama Como a Gente” tem transformado a maneira como os torcedores do Botafogo vivenciam os jogos. Com uma combinação de paixão e profissionalismo, essas festas não apenas fortalecem a relação dos torcedores com o clube, mas também elevam o nome do Botafogo no cenário nacional e internacional.
