O dólar fechou em leve queda de 0,07%, praticamente estável, a R$ 5,48, nesta quarta-feira (21). A sessão foi marcada pela divulgação da ata do Federal Reserve (Fed) que trouxe volatilidade ao mercado de câmbio. A moeda americana chegou a operar em alta e superar o patamar de R$ 5,50 durante o dia, mas perdeu força após a publicação da ata.
Ata do Fed
A ata do Fed revelou que a maioria dos dirigentes da instituição espera uma redução na taxa de juros dos EUA em setembro, o que aumentou as chances de um corte de 50 ponto percentual (pp).
A perspectiva de cortes mais agressivos pode enfraquecer o dólar em relação ao real e outras moedas emergentes. No entanto, a queda nas cotações do petróleo e o temor de uma desaceleração econômica mais forte nos EUA limitaram os ganhos do real.
Desempenho das moedas emergentes
O real não foi a única moeda emergente a enfrentar dificuldades. O peso mexicano despencou quase 2% devido a questões políticas internas e ao desmonte de operações de carry trade, que consistem em empréstimos em moedas com juros baixos para investir em moedas de países com juros mais altos. O peso colombiano e o rand sul-africano também tiveram desempenhos negativos.
Perspectivas para o dólar
Apesar da recente estabilidade, analistas apontam que o dólar deve continuar oscilando entre R$ 5,40 e R$ 5,50. A expectativa de um corte de juros nos EUA em setembro pode pressionar o dólar para baixo, mas incertezas fiscais no Brasil e na economia americana podem limitar essa queda.
Investidores aguardam o Simpósio de Jackson Hole, onde o presidente do Fed, Jerome Powell, deve fornecer mais informações sobre a política monetária dos EUA.