A crescente utilização da internet no Brasil tem sido um prato cheio para golpistas virtuais. Recentemente, segundo dados da Pnad Contínua, do IBGE, referentes a 2022, mais de 161 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais tiveram acesso à internet. Tal popularidade da rede mundial de computadores, infelizmente, abre portas para diversos tipos de golpes, com destaque para os links falsos.
Criminosos têm aperfeiçoado suas técnicas, utilizando links enviados principalmente por WhatsApp, e-mail, SMS e redes sociais para capturar dados pessoais ou induzir a compras fraudulentas. Esses links aparentemente inofensivos tornam-se armadilhas nas quais muitos internautas acabam caindo, seja por ingenuidade ou falta de atenção.
Como funcionam os golpes com links falsos?
Os golpistas costumam criar anúncios falsos que parecem extremamente reais. Ao clicar nesses links, o usuário é levado a preencher informações pessoais como números de documentos, contas bancárias, senhas e outros dados sensíveis. Utilizando essas informações, os criminosos abrem contas digitais, fazem compras no nome da vítima e até clonam o WhatsApp para pedir dinheiro a familiares e amigos.
A engenharia social aplicada pelos criminosos é muito eficiente. Eles aproveitam brechas e a fragilidade dos consumidores para induzi-los a realizar essas ações. Mesmo com o avanço das ferramentas de segurança, sempre existem lacunas que os golpistas conseguem explorar.
Quais são os métodos mais comuns de fraude virtual?
Existem dois métodos predominantes de fraudes virtuais:
- O primeiro método depende totalmente da vítima. A pessoa precisa clicar nos links e, a partir daí, fornecer os dados necessários para que o golpe seja concretizado.
- O segundo método combina a ação dos golpistas com a ingenuidade ou desatenção da vítima. Por exemplo, nos esquemas para a clonagem do WhatsApp, os criminosos capturam dados pessoais para se passar pela vítima e obter vantagem financeira.
Como identificar e evitar links suspeitos?
Para proteger-se dessas armadilhas digitais, alguns cuidados são imprescindíveis. Segue uma lista de dicas recomendadas por especialistas:
- Evite clicar em links estranhos: desconfie de links enviados por WhatsApp, SMS ou e-mail, especialmente se forem de remetentes desconhecidos.
- Utilize senhas fortes e a autenticação de dois fatores: nunca compartilhe suas senhas com terceiros. Isso ajuda a prevenir a clonagem de contas em redes sociais e mensageiros.
- Verifique o certificado digital do site: sites seguros começam com “https”. Sem esse certificado, a página pode não ser confiável.
- Pesquise sobre a empresa: verifique a reputação do site no Reclame Aqui e procure por comentários de outros consumidores.
- Desconfie de ofertas tentadoras: se o preço for muito abaixo do mercado, pode ser um indício de golpe. Fique atento as promessas de últimos itens em estoque.
- Verifique dados bancários: Antes de finalizar uma compra, confira se os dados como razão social e CNPJ estão corretos no boleto ou nas transações via Pix.
- Evite pagamentos fora da página oficial: criminosos utilizam páginas falsas para evitar rastreamento após a denúncia.
Por que é crucial a atenção aos detalhes na hora das compras online?
Compras online requerem uma dose extra de desconfiança e verificação. Segundo Kelly Carvalho, da Fecomércio-SP, é crucial garantir que o site seja legítimo, que os comentários sobre a loja sejam positivos, que o endereço da página esteja correto. Detalhes, como um número diferente em um boleto, podem ser a pista que salva a vítima de um golpe.
Admitidamente, em momentos de estresse ou urgência, como crises e emergências, os consumidores tendem a descontrair, aumentando as chances de se tornarem vítimas. Esteja sempre vigilante e reforce as boas práticas de segurança digital para evitar prejuízos.
Proteger-se contra golpes virtuais exige atenção e conhecimento. Informar-se sobre as estratégias dos criminosos e adotar medidas preventivas são os primeiros passos para uma navegação mais segura. Portanto, siga as dicas citadas e mantenha seus dados e finanças longe do alcance dos golpistas.