No segundo trimestre deste ano, a Petrobras (PETR3;PETR4) e a JBS (JBSS3) lideraram entre as maiores receitas das empresas listadas no Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, um volume superior aos R$ 100 bilhões. Os dados foram levantados em um estudo exclusivo da consultoria Elos Ayta.
Entre abril e junho, o volume de receitas da Petrobras foi de R$ 122 bilhões (queda anual de 28,5%). A estatal manteve a sequência de 13 trimestres consecutivos — desde o segundo trimestre de 2021 — com um valor na casa dos três dígitos. Nesse ano, a petrolífera ganhou a companhia da JBS, com uma receita de R$ 100,6 bilhões (aumento de 9,1%).
Maiores receitas da Bolsa
A análise da Elos Ayta considerou a receita líquida operacional para as empresas do setor industrial e a receita de intermediação financeira para os bancos listados na B3. Logo após as líderes, vem o Itaú Unibanco (ITUB4), com R$ 81,9 bilhões, representando um crescimento de 18,8% em comparação ao mesmo período de 2023.
Além delas, destaca-se o Santander Brasil (SANB11), com um crescimento de 188,8%, a Rede D’Or (RDOR3), com 115,6%, e a Simpar (SIMH3), que completa o TOP 3, com um aumento de 88,7%.
A soma das receitas das 26 empresas que ultrapassaram a marca de R$ 10 bilhões no segundo trimestre alcançou R$ 938 bilhões, um valor 2,3% superior ao registrado no mesmo período de 2023. “Contudo, é importante destacar que este crescimento é inferior à inflação medida pelo IPCA nos 12 meses até junho de 2024, que foi de 4,23%”, avaliou Einar Rivero, CEO da Elos Ayta.
Confira a lista com as maiores receitas da Bolsa:
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Nove das 26 empresas apresentaram queda de receita no segundo trimestre de 2024. Apesar da liderança, a maior queda percentual foi da Petrobras, com −28,5%. A estatal foi seguida pela Gerdau (GGBR4), com −27,7%, e pela Braskem (BRKM5), que encerra a lista das TOP 3 com −24,9%.
Análise setorial
O setor bancário é o mais representado na amostra, com cinco instituições. Em seguida, vêm os setores de exploração, refino e distribuição, com quatro empresas; carnes e derivados, com três empresas; e alimentos, energia elétrica e siderurgia, com duas empresas cada. Outros oito setores possuem uma empresa cada.