O BTG avalia que o etanol viverá tempos melhores daqui para frente, pois entende que o governo acabará com a isenção de impostos sobre os combustíveis, sustentada por um direção constitucional que obriga o governo a conceder impostos mais baixos sobre combustíveis renováveis em relação aos seus substitutos fósseis.
Também pode ajudar a expectativa de que o preço do petróleo siga elevado, com a Petrobras ostentando uma capacidade um tanto limitada de conter os preços da gasolina com base em seu estatuto e o fato de o Brasil ser um importador líquido de derivados de petróleo, dizem os analistas do banco de investimentos.
Outros fatores que devem ajudar o etanol são a consciência do novo governo em pautas ESG; a queda nos preços dos fertilizantes; e o melhor nível de chuvas, que favorece a melhora da produtividade e, consequentemente a alavancagem operacional das produtoras a partir deste ano.
Com isso, o BTG recomenda a compra dos papéis de companhia sucroalcoleiras,mas reduziu o preço-alvo das ações de São Martinho (SMTO3), Raízen (RAIZ4), Jalles (JALL3) e Adecoagro (AGRO US), de R$ 51 para R$ 41, de R$ 10 para R$ 8, de R$ 16 para R$ 13 e de R$ 16 para R$ 12.
A companhia cita preferência em Raízen e São Martinho, devido ao potencial de valorização da primeira por possíveis benefícios do projeto E2G, que deve trazer bons rendimentos devido à captura de carbono premium do etanol e crescimento de mercado e execução superior em distribuição de combustíveis.
Já a São Martinho se destaca por seu custo de produção, melhoria de margens à frente e forte economia da sua nova usina de etanol de milho, colocando a avaliação em níveis vistos apenas durante o momentos mais difíceis da crise do etanol de 2015.
APRENDA A LUCRAR NAS QUEDAS DA BOLSA
Cynara Escobar / Agência CMA
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