A Bolsa de valores brasileira teve em 2022 a maior entrada de capital estrangeiro desde 2016, quando a B3 começou a divulgar os dados. O valor aportado no território nacional foi de R$ 100,8 bilhões em ações no mercado secundário.
O volume registrado no ano passado mostra uma enorme discrepância em comparação a 2021, já que nesse ano o saldo foi negativo, ou seja, não entrou dinheiro de fora, apenas saiu; o balanço foi de R$ -7,15 milhões.
Já em 2016 e 2017, durante o governo de Michel Temer, a Bolsa registrou saldo positivo, entretanto se somados ambos os anos, não chega a sequer 30% do valor investido em 2022.
No entanto, a situação da economia brasileira é um ponto fora da curva dentre os países emergentes. Houve uma queda de 90% na entrada de dinheiro gringo em comparação aos US$ 379,6 bilhões que os mercados em desenvolvimento receberam em 2021.
Essa queda acentuada se dá por conta da forte alta da taxa de juros ao redor do mudo e um dólar mais alto, segundo Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês).
Mercado secundário é onde investidores compram e vendem ações diretamente entre si, diferente do mercado primário, onde os trâmites são feitos entre o investidor e uma companhia.
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