As bolsas dos EUA fecharam esta segunda-feira (7) em queda, pressionadas pelo aumento das tensões no Oriente Médio e pela expectativa dos investidores em relação aos próximos discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed). O mercado aguarda sinais sobre possíveis cortes de juros nos Estados Unidos, o que tem gerado incerteza entre os agentes econômicos.
Desempenho dos índices
- Dow Jones recua 0,94% (41.954,63 pontos);
- S&P 500 cai 0,96% (5.695,96 pontos);
- Nasdaq perde 1,18% (17.923,90 pontos).
Ceticismo com a temporada de balanços
O aumento das preocupações com uma possível desaceleração econômica nos Estados Unidos, aliado às tensões geopolíticas, tem gerado um ambiente de cautela em Wall Street. Analistas reduziram suas projeções de lucros corporativos para a próxima temporada de resultados do terceiro trimestre de 2024, que começará amanhã (8).
Além disso, a proximidade das eleições presidenciais nos EUA adiciona um componente de incerteza ao mercado, com investidores relutantes em aumentar sua exposição a ativos de risco. A expectativa é que os balanços de grandes empresas, como JPMorgan e Wells Fargo, possam testar o humor do mercado.
Inflação e discursos do Fed no radar
Ao longo desta semana, o mercado aguarda novos dados de inflação ao consumidor (CPI), que devem fornecer mais pistas sobre a saúde econômica dos Estados Unidos. Além disso, os discursos de dirigentes do Fed são esperados para ajustar as expectativas dos investidores quanto aos próximos passos da política monetária.
Na última semana, o relatório de emprego (payroll) eliminou a chance de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros, mas os investidores continuam atentos a possíveis mudanças nas diretrizes do banco central.
Desempenho das ações nos EUA
Algumas ações se destacaram no pregão de hoje. As ações da Trump Media & Technology subiram 11,5% após o ex-presidente Donald Trump, acionista majoritário da empresa, realizar um comício com Elon Musk. Já os papéis da mineradora Arcadium Lithium avançaram 35% devido a negociações com a gigante Rio Tinto.
No setor de energia, a Chevron teve alta de 0,25% após anunciar um acordo de US$ 6,5 bilhões para vender participações em ativos de areias betuminosas e xisto para a Canadian Natural Resources. Por outro lado, a Boeing viu suas ações subirem 0,59% após retomar negociações salariais com seu maior sindicato, encerrando um impasse de duas semanas.
Entre as quedas, as ações da Amazon recuaram 3%, após um raro rebaixamento de analistas, que citaram preocupações com a margem de lucro projetada para 2025.