A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, por unanimidade, a indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) em votação nesta terça-feira (8).
O atual diretor de Política Monetária da instituição foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recebeu 26 votos favoráveis. Agora, seu nome será encaminhado para votação no plenário do Senado. A Comissão aprovou um pedido de urgência para que o nome seja votado ainda hoje.
Substituição de Roberto Campos Neto
Assim que o nome passar por novas sabatinas, Galípolo poderá assumir oficialmente o comando do BC em janeiro de 2025, substituindo Roberto Campos Neto, que atualmente ocupa o cargo.
A votação da CAE seguiu um procedimento acelerado, solicitado pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), que justificou que Galípolo já havia conversado com todos os senadores antes da sabatina.
A aprovação de Galípolo na CAE repete o mesmo placar obtido por Campos Neto em 2019, quando também foi aprovado por unanimidade, com 26 votos a favor.
Expectativas de Galípolo ao assumir o BC
Durante a sabatina, Galípolo foi questionado sobre como lidaria com pressões políticas, especialmente no que diz respeito à condução da política monetária e da taxa Selic.
O diretor afirmou que, caso houvesse pressões do Palácio do Planalto, ele teria coragem para tomar decisões baseadas em critérios técnicos. Ele destacou que, até o momento, nunca sofreu qualquer tipo de pressão política durante sua atuação no Banco Central. Além disso, o dirigente lembrou que em um ano e meio no cargo, ele já subiu, cortou e manteve os juros.
Galípolo também afirmou que suas decisões sempre serão guiadas pela consciência e pelo que for melhor para a população brasileira. O diretor reiterou seu compromisso de continuar agindo de forma independente e técnica no comando da instituição.