As estimativas do BTG Pactual para as empresas do setor de saúde no terceiro trimestre, indicam que, apesar de bons resultados para várias companhias, o crescimento será mais moderado em comparação ao segundo trimestre. As principais apostas do banco para o período são: Hapvida, Rede D’Or e Fleury.
Na análise do BTG, a reestruturação da indústria de saúde trouxe desafios, resultando em bases de comparação mais difíceis tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao ano passado. Entre as empresas que o banco considera que terão resultados positivos estão:
- Rede D’Or (RDOR3);
- Hapvida (HAPV3);
- Blau Farmacêutica (BLAU3).
Por outro lado, Oncoclínicas (ONCO3) e Viveo (VVEO3) tendem a apresentar resultados mais fracos.
Inflação no setor de saúde no período
De acordo com dados da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP), que acompanha mais de 120 hospitais, o terceiro trimestre registrou taxas de ocupação estáveis em relação ao ano anterior, mas com queda de 380 pontos-base em julho e agosto, na comparação com o trimestre anterior.
O IBGE indica que a inflação no setor de saúde, especialmente em hospitalização e diagnósticos, superou o IPCA no período, sugerindo uma leve alta na receita líquida dos provedores de saúde, como Rede D’Or e Fleury (FLRY3).
Sinistralidade e aumento de beneficiários
A sinistralidade — relação entre os custos médicos e o valor pago pelos planos de saúde — deve continuar melhorando. Para Hapvida, a expectativa é que a sinistralidade fique em 70,5% no trimestre, uma queda de 1,4 ponto percentual em relação ao ano anterior.
Já para SulAmérica, o índice deve atingir 83,5%, uma redução de 2,6 pontos percentuais na comparação anual. Além disso, o número de beneficiários de planos de saúde segue em alta, com 337 mil novos beneficiários em julho e agosto, segundo dados da ANS. A expectativa do BTG é que a SulAmérica adicione 28 mil novos beneficiários no trimestre, enquanto a Hapvida deve crescer sua base em 25 mil.