As principais bolsas chinesas atingiram o menor patamar desde 2006. Com a rigorosa política de “covid zero”, as perspectivas para a economia do gigante asiático estão para lá de pessimistas.
O índice da Bolsa de Hong Kong, Hang Seng, sofreu uma queda de 21,93% de um ano para cá, chegando a atingir a mínima de 14.687 pontos em 31 de outubro. A menor desde 2009.
Mesmo no ano em que a pandemia do Covid-19 estourou, a maior queda da Bolsa de Hong Kong fora de 21,51%, menor que o tombo atual.
Em Shangai, o índice Composite SSE sofreu uma queda de 13,29% ao decorrer do último ano, de modo que retraiu aos 2 mil pontos, algo que não acontecia desde 2006.
Essa perda acentuada que a Bolsa chinesa vem sofrendo preocupa os investidores, que ficam de olho um alívio nos índices para que possam entrar. Ainda existe o temor de que os índices não consigam se recuperar e continuem a afundar.
O que intriga alguns investidores é que mesmo com o derretimento dos índices asiáticos, diversas empresas chinesas têm apresentado fortes altas em seus ativos. O AliBaba Group, uma gigante do e-commerce viu suas ações dispararem no último mês, cadastrada na Bolsa norte-americana, NYSE, o ativo BABA valorizou 36,84%.
A Pinduoduo é outra companhia do mesmo setor que teve disparada, o ativo PDD, cadastrado no NASDAQ, valorizou 45,92% em pouco mais de um mês. Assim como a JD.com (JD), cujos papéis subiram mais de 8% em menos de uma semana.
No último sábado (26), diversos protestos eclodiram na China contra a rigorosa política contra a pandemia. Um incêndio em um apartamento em Urumqi, capital da região do extremo Oeste de Xinjiang, matou 10 pessoas e feriu nove, na quinta-feira (24), foi o estopim para o início das manifestações.
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